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Integra IF Goiano

Oficina de Ensino Médio Integrado desafia participantes

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Publicado: Quinta, 03 de Outubro de 2019, 14h36 | Última atualização em Sexta, 04 de Outubro de 2019, 17h07 | Acessos: 593

Professor Sidinei Cruz, do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), sugere diálogo como ponto de partida para discussão da temática nas escolas.

“Muitas vezes em um único Instituto não encontramos padrões entre os campi para resolver um mesmo problema", afirma Sidinei
“Muitas vezes em um único Instituto não encontramos padrões entre os campi para resolver um mesmo problema", afirma Sidinei

Qual a sua concepção sobre Educação? Você sabe os objetivos e finalidades dos Institutos Federais, enquanto instituições públicas? Essas foram algumas das provocações feitas pelo professor Sidinei Cruz, do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), durante a oficina/workshop Ensino Médio Integrado: Fundamentos, Currículos e Práticas. A atividade foi uma das dezenas do gênero oferecidas durante a tarde de quarta-feira, 2, no Integra IF Goiano.

Apesar da temática proposta, o professor adiantou aos ouvintes que não tinha respostas prontas no que se refere à integração do currículo. Contudo, introduziu aos participantes os principais conceitos que norteiam as bases da Educação Profissional, como os princípios educativos do trabalho e da pesquisa, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e a formação integral.

Por princípio educativo do trabalho, Sidinei explica que se trata de considerar o trabalho em sua dimensão histórica/ontológica. Ou seja: ele sempre fez parte da vida do homem. O professor exemplifica mostrando que quando se ensina a alguém como se faz uma cadeira, também é necessário mostrar, por exemplo, por que uma cadeira é necessária, e para vendê-la é necessário um contrato – que nada mais é do que um acordo social.

“Com isso, ensina-se não só o ofício em si [fazer cadeiras], mas se reflete sobre como ganhar dinheiro com isso. E ao provocar essa reflexão, estimulamos a pesquisa como princípio educativo”, conclui Sidinei. Por meio desse raciocínio, portanto, o professor infere que não se deve separar trabalho de educação. “O Ensino Médio integrado vem em meio a essa ideia de não-separação entre a formação geral e a habilitação profissional provocada pela formação profissional técnica”, complementa. E esse é – ou deveria ser - um diferencial dos Institutos Federais no país.

Segundo Sidinei, ainda não há consenso interno nas instituições acerca dessas questões. Porém, uma forma de superar possíveis divergências de entendimento é possibilitar a abertura ao diálogo, a fim de que se discutam e se reelaborem conceitos, termos e categorias de forma institucional. “Este é sempre o ponto de partida”, revela o professor. Não se trata, entretanto, de uma tarefa fácil, visto a dificuldade que as instituições têm de trabalhar, de fato, em rede. “Muitas vezes em um único Instituto não encontramos padrões entre os campi para resolver um mesmo problema. E outro IF com certeza está passando por algo parecido”, justifica.

Por fim, o professor lembra que a formação integral está prevista nos dispositivos legais. Um exemplo é o parágrafo sétimo ao Artigo 35 da Lei de Diretrizes e Bases, que diz o seguinte: “Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais”. Portanto, o IF enquanto instituição pública está autorizado a exercer o serviço público com essa finalidade: o interesse comum prevalece sobre o individual. "E não temos autonomia para mudar isso", reforça.

Uma vez superadas essas contradições, é hora de por a "mão na massa" e partir para a reorganização dos currículos. Sidinei trouxe modelos do que foi feito pelo Instituto Federal Farroupilha à época em que atuou como pró-reitor, provocando o interesse dos participantes. Em suma, eles devem responder às seguintes questões: onde o estudante será formado (qual a identidade institucional); quem será formado (perfil do egresso); quando será formado (organização do espaço e tempo escolares); como será formado (metodologia de ensino e aprendizagem); que formação será dada (conhecimento, habilidades e saberes) e, enfim, qual o objetivo dessa formação – a formação integral.

Outras atividades – Além da Ensino Médio Integrado, o Integra ofereceu aos participantes na quarta-feira, 2, as seguintes oficinas/minicursos: Pizza; Extensão; Uso do R nas Análises de Dados; Uso do Lúdico na Educação de Surdos; Análise de Solo; Escrita Descomplicada; Pitch e Inclusão: Aprendizagem Lúdica. Participante da oficina do Ensino Médio Integrado, a servidora do Campus Ceres Eneida Aparecida Machado trabalha com projetos integradores e ficou satisfeita com a atividade. “Fiquei curiosa para saber com mais profundidade como seguir este caminho”, motivou-se.

Para a tarde de quinta-feira, 3, estão previstas mais oficinas e minicursos. São eles: Intervenções Assistidas por Animais; Meditação e Práticas Holísticas; Gênero e Diversidade Sexual no Contexto Escolar; Uso do R nas Análises de Dados; Desenvolvimento da uma Rede Social; Empregabilidade; Meliponicultura e Verificação de Notícias (veja aqui a programação completa).

 

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