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Pesquisa

Campus Morrinhos realiza pesquisas de manejo fitossanitário e nutricional

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Publicado: Quinta, 19 de Agosto de 2021, 08h58 | Última atualização em Quarta, 25 de Agosto de 2021, 13h40 | Acessos: 593

Projeto está sendo desenvolvido nas culturas de tomate industrial e milho-doce em parceria com empresas privadas e conta com a participação de alunos e servidores.

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Não é novidade que o estado de Goiás ocupa posição de destaque quando o assunto é o agronegócio brasileiro. Neste cenário nacional, uma parcela significativa do protagonismo goiano nos números da produção agropecuária do País se deve ao desempenho de culturas de interesse agroindustrial, como tomate e milho-doce.

Em relação ao tomate destinado à indústria para a fabricação de atomatados – extratos, molhos e polpas –, Goiás ocupa a liderança no ranking nacional de produção e o Brasil está entre os maiores produtores do mundo. No caso do milho-doce, as estatísticas também são expressivas para o cultivo visando ao processamento industrial e colocam o território goiano como referência na atividade.

No contexto do setor produtivo dessas culturas, o município de Morrinhos desponta como um celeiro regional, privilegiado e estratégico, concentrando importantes indústrias processadoras de tomate e milho-doce e também atuando na produção destinada a atender outras agroindústrias do estado de Goiás para o fornecimento de uma variedade de produtos para a mesa dos consumidores.

Considerando a expertise do Instituto Federal Goiano - Campus Morrinhos nas culturas mencionadas, principalmente no âmbito do Mestrado Profissional em Olericultura, e com a perspectiva de contribuir para uma maior eficiência desse processo por meio de pesquisas que visem impulsionar a produtividade, a geração de tecnologias e a qualidade do produto final, está em andamento o projeto "Manejo Fitossanitário e Nutricional de Culturas Agroindustriais - Tomate Industrial e Milho-Doce".

Desenvolvido em parceria com a Syngenta Proteção de Cultivos e diversas agroindústrias – Heinz, Cargill, Dez Alimentos e Olé –, o trabalho envolve a participação de discentes do curso de bacharelado em Agronomia e do Mestrado Profissional em Olericultura. Os professores envolvidos diretamente são Emerson Trogello, Emmerson Rodrigues de Moraes e Nadson de Carvalho Pontes. Além desses, o projeto também tem como integrante o responsável pelo Desenvolvimento Técnico de Mercado da Unidade Leste da Syngenta, Renato Garcia, que é egresso do Mestrado Profissional em Olericultura.

Sobre a iniciativa, o docente Nadson de Carvalho Pontes explica que a Syngenta, que é uma das líderes no segmento de defensivos agrícolas voltados para culturas hortícolas destinadas ao processamento industrial, buscou a parceria do Campus Morrinhos para desenvolver projetos de pesquisa visando solucionar alguns gargalos da cadeia, como o manejo de doenças foliares, plantas daninhas, nutrição e pós-colheita.

Com a parceria firmada, o projeto conta com o aporte de recurso da Syngenta, por interveniência da Fundação de Apoio à Pesquisa (FUNAPE), para o financiamento de todos os trabalhos de pesquisa. “O recurso será destinado ao pagamento de bolsas aos estudantes, aquisição dos insumos e manutenção de máquinas agrícolas e equipamentos. O Campus Morrinhos forneceu sua estrutura de campo, que conta com pivô central para irrigação e variada linha de equipamentos, além dos Laboratórios de Fertilidade do Solo, Fitopatologia e Fisiologia Vegetal”, detalha Nadson, que também é gerente de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação do campus.

Encontro Técnico - As culturas foram instaladas a campo no final de março e os experimentos estão em plena fase de coleta e análise de dados. A área plantada compreende aproximadamente quatro hectares, sendo dois hectares de milho-doce e dois de tomate industrial.

O projeto em campo se encaixa perfeitamente no espaço inserido por diversos aspectos. “Trata-se de uma parceria com iniciativa privada, que estreita a relação entre o IF Goiano e o setor produtivo, em um segmento de grande importância para o agronegócio goiano. Além disso, contribui na melhoria da estrutura de pesquisa do Campus Morrinhos e na formação de nossos estudantes nos diferentes níveis de ensino”, declara o docente.

De acordo com Nadson, do ponto de vista fitossanitário, o projeto visa avaliar novas alternativas para o manejo de plantas daninhas e manchas foliares nas culturas especificadas. Ainda segundo o professor, a avaliação do manejo nutricional é também ponto que compõe a proposta. “Todos os trabalhos focam, além do aumento da produção, na melhoria da qualidade pós-colheita dos produtos, de modo a melhorar o rendimento industrial e a qualidade do produto processado”.

O docente também enfatiza o papel do projeto no estreitamento das relações entre o IF Goiano - Campus Morrinhos e o segmento produtivo, oportunizando o acesso às inovações geradas no Instituto, o que se traduz em grande visibilidade para o campus. Um exemplo dessa visibilidade é o “1º Encontro Técnico de Tomate Industrial e Milho-Doce: Foco em Ganhos de Qualidade e Rendimento Industrial” realizado nos dias 28, 29 e 30 de junho, com visitas à área experimental por técnicos de todas as indústrias processadoras de tomate e milho-doce do Brasil, de modo a apresentar os principais resultados obtidos. A programação do evento foi divida em três encontros para receber um número reduzido de pessoas e as medidas de distanciamento social foram adotadas em atendimento às recomendações de prevenção à Covid-19.

O estreitamento de relações apontado por Nadson também é pontuado por Renato Garcia, que é responsável pelo Desenvolvimento Técnico de Mercado da Unidade Leste da Syngenta, egresso do Mestrado Profissional em Olericultura e que esteve presente no Encontro Técnico. Precisamos unir forças – setor privado e instituição de ensino e pesquisa – com o objetivo de contribuir com a sustentabilidade da cadeia de atomatados e milho-doce, setor muito importante para a economia da nossa região”, comenta Renato.

Manchas foliares - Dentre os trabalhos interligados, o professor Nadson cita o projeto relacionado à busca de alternativas para o controle de manchas foliares em tomate e milho-doce e que está sendo executado sob sua orientação e a participação do discente Matheus Faria Fonseca, do curso de Agronomia.

Essas doenças reduzem a área fotossintética, reduzindo a fotossíntese e, por consequência, a produtividade. “Na cultura do tomate para processamento industrial é ainda mais importante o controle dessas doenças, visto que as folhas têm também a função de proteger os frutos e evitar que estes sofram a queima pelo sol e fiquem com aspecto branco/amarelado. Afinal de contas, todos gostam de um molho de tomate ou ketchup bem vermelho. Seu foco é no controle da mancha bacteriana do tomateiro e da septoriose”, afirma.

Plantas daninhas - Coordenando o projeto intitulado “Manejo de plantas daninhas na cultura do milho-doce com foco em produtividade e rendimento industrial”, o professor Emerson Trogello ressalta que o objetivo é estudar os efeitos de herbicidas isolados e suas combinações no controle de plantas daninhas na cultura do milho-doce e na avaliação de prováveis fitotoxicidades da cultura, definindo assim estratégias de manejo de plantas daninhas para produtores da cadeia.

Os tratamentos foram implantados no início do cultivo do milho-doce, avaliando posteriormente o efeito dos mesmos sobre o controle do banco de sementes de plantas daninhas, bem como o impacto desta porcentagem de controle sobre o desenvolvimento da cultura.

O experimento avança para ponto de colheita e avaliações de produtividade da cultura e de prováveis impactos dos diferentes manejos sobre a mesma. “Alguns dados já levantados indicam dentro dos tratamentos alguns manejos mais efetivos no controle de plantas daninhas e que possam ser base para indicações futuras de manejo”, adianta o professor Emerson Trogello sobre os resultados das pesquisas conduzidas com Vitor Cardili e Francielle Santos, discentes do curso de Agronomia e do Mestrado Profissional em Olericultura, respectivamente.

Manejo nutricional - No intuito de aumentar a produtividade e qualidade da produção, o docente Emmerson Moraes está à frente, como orientador dos acadêmicos do curso de curso de Agronomia, Kayk Gonçalves de Souza e Marcelo Barbosa de Souza Filho, do projeto que visa mostrar um pacote tecnológico de uso de fontes de fertilizantes e condicionador de solo evoluído, inovador e promissor. E ainda, mostrar o correto manejo do fornecimento dos fertilizantes e a importância de atentar-se para a necessidade dos nutrientes e evitar a disponibilidade de outros, como alumínio e cloro, por serem tóxicos ou promover a redução dos nutrientes mais demandados.

Os projetos executados envolvem o cultivo de milho-doce e tomate industrial adubado com fertilizante mineral e organomineral a base de sulfato de potássio na ausência e presença da aplicação de ácidos orgânicos húmicos e fúlvicos. “Toda a tecnologia é adequada para cultivos extremamente intensivos a fim de alcançar altas produtividades e qualidade da produção. É um manejo nutricional intensificado das culturas, onde se procura alcançar o ajuste fino da excelente nutrição”, avalia Emmerson.

Impactos - É esse ajuste fino pontuado anteriormente que impulsiona todas as ações do projeto, não só da parte nutricional, conforme mencionado pelo docente Emmerson Moraes, mas também da fitossanidade, buscando, por meio do investimento em pesquisas, ampliar as possibilidades de aprimorar as técnicas de manejo das culturas de tomate e milho-doce cultivadas como matéria-prima para a agroindústria e o setor alimentício.  

Soma-se ao conjunto de impactos do projeto, além da sua contribuição no fortalecimento da cadeia produtiva por almejar práticas que promovam maior produtividade e rendimento, a sua cooperação na formação acadêmica, científica e profissional dos estudantes de variados níveis de ensino em importante área do conhecimento para o município de Morrinhos e o agronegócio, em escala regional e nacional.

 

Núcleo de Comunicação Social - Campus Morrinhos

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