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Campus Ceres

Centro de Equoterapia completa 11 anos

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Publicado: Terça, 09 de Agosto de 2016, 23h03 | Última atualização em Terça, 16 de Agosto de 2016, 11h41 | Acessos: 2079

Solenidade e Dia de Campo compuseram a comemoração do aniversário do Centro, que atende, gratuitamente, 90 pacientes por semana

Equipe de profissionais, estagiários e voluntários do Centro de Equoterapia
imagem sem descrição.

Para a equipe que trabalha no Centro de Equoterapia do Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), esta semana começou agitada. Agitação essa que não se limita a esta segunda e terça-feira, mas que tem alterado a rotina da equipe multiprofissional que trabalha no setor já desde o fim do semestre passado. O motivo? A organização dos eventos que marcaram a comemoração aos 11 anos de funcionamento do Centro.

Foram dois dias de atividade, que se iniciaram na noite da segunda-feira, 08 de agosto. O auditório, lotado, acolhia um público diversificado: estudantes do próprio IF Goiano, da Facer Ceres e da Universidade Estadual de Goiás (UEG), servidores do Campus Ceres e profissionais da área da Saúde. Foi para esta plateia que autoridades municipais e do Instituto falaram sobre a trajetória, o desempenho e o trabalho social e de saúde realizado no Centro de Equoterapia Ceres ao longo dos anos.

Na opinião da servidora do IF Goiano Sílvia Maria dos Santos, que assumiu a coordenação do Centro em 2009, o sucesso por detrás da iniciativa resulta “de uma construção permanente e ininterrupta de todos aqueles que acreditam que a força do conjunto é mais do que a soma de interesses individuais”. E, sabiamente, ao falar de conjunto, Sílvia retrata a realidade do Centro de Equoterapia: ambientado no interior do Campus Ceres, a unidade realiza seus trabalhos por meio de uma equipe multiprofissional organizada e mantida pela prefeitura ceresina.


Sílvia Maria dos Santos, servidora do Campus Ceres, é responsável pela coordenação do Centro de Equoterapia há sete anos

Prato principal da noite, a cerimônia do dia 08 trouxe o equitador Wilson Moura, que palestrou sobre a habilitação e reabilitação promovidas pela equoterapia. Wilson, que é instrutor de equitação da Confederação Brasileira de Hipismo e da Associação Nacional de Equoterapia, falou sobre a história do método terapêutico, que começou a se desenvolver na segunda metade do século XX. Experiente no trato com equinos e no trabalho com equoterapia, compartilhou experiências com o público e também chamou atenção para alguns problemas em que essa terapia sofre no Brasil, principalmente a dificuldade em custear sua manutenção.

Na terça-feira, 09, a comemoração saiu do terreno formal e foi para o chão batido, o gramado, a terra: recebendo novamente o público, desta vez em casa, o Centro realizou o III Dia de Campo de Equoterapia. O evento, composto por estações tecnológicas e minicursos, intenta aproximar os participantes das questões-chave da execução da equoterapia. Os temas tratados percorreram dos benefícios específicos do método aos pacientes até particularidades sobre o treinamento e manutenção dos animais para a terapia.


Estação tecnológica do Dia de Campo, apresentada por estudantes de Enfermagem da UEG

Onze anos, e seguindo – A história por detrás de tudo isso, claro, é longa: data, aproximadamente, de 2003, quando o Campus Ceres era, ainda, uma Escola Agrotécnica Federal. Foi nessa época que o então professor André Luiz de Melo, pertencente ao quadro da Escola, iniciou os debates para criação de um centro de equoterapia nas dependências da Instituição. O plano foi levado adiante e, em 2005, o Centro de Equoterapia foi inaugurado.

Desde lá, a iniciativa, que une diversos profissionais, como fisioterapeutas, psicóloga, fonoaudióloga e assistente social tem ajudado e melhorado a vida de centenas de pessoas. O tratamento, feito a partir da condução do paciente sobre o cavalo, pode ser aplicado em diversos casos, como paralisia muscular ou cerebral, autismo, disfunções decorrentes de acidente vascular cerebral, situações de depressão, deficit de atenção, entre outros.


Depoimento de paciente do Centro, durante o III Dia de Campo, que encontrou amparo na Equoterapia após diagnóstico de doença degenerativa muscular

Na equoterapia, a equitação é utilizada com uma dupla proposta: além de trazer benefícios psicológicos aos pacientes, pelo contato com os animais e a equipe multiprofissional, os movimentos tridimensionais induzidos pelo cavalo durante o andar – pra frente, para trás, cima, baixo e dos lados – estimulam o corpo humano de forma única. Os benefícios passam por melhora na coordenação motora e equilíbrio e chegam à tonicidade muscular.

Atualmente, o Centro de Equoterapia atende, por semana, cerca de 90 pacientes. Este número é mais que o dobro atendido quando de sua fundação, por volta de 40 pessoas. O trabalho, feito diariamente, é repartido entre as diversas pessoas que se dedicam ao Centro: além das seis terapeutas cedidas pela prefeitura municipal, que formam a equipe de atenção multiprofissional, há também um equitador, um treinador e dois estagiários formalmente vinculados. Há, ainda, cerca de 15 estudantes que trabalham voluntariamente, oriundos do IF Goiano, da UEG e da Facer Ceres.

Além dos municípios de Ceres e Rialma, o Centro recebe pacientes de Rubiataba, Carmo do Rio Verde, São Luiz do Norte, Santa Isabel, Santa Terezinha, Rianápolis, Itapaci, Nova Glória, Ipiranga de Goiás e Uruana. Daí se pode basear a importância do tratamento por meio da equoterapia, que é disponibilizado gratuitamente pelo Centro.

Saindo da esfera dos atendimentos propriamente ditos, a experiência acumulada colocou o Centro de Equoterapia Ceres como referência regional. Prova disso é o número de visitas que a unidade recebe de governantes e profissionais da Saúde de outras cidades: a equipe já ofertou treinamento para pessoal dos municípios de Rubiataba, Minaçu, São João da Paraúna, Goianésia e Jaraguá, contribuindo para a estruturação de novas unidades para oferta da equoterapia.


Álbum de fotos:

Solenidade de aniversário

III Dia de Campo de Equoterapia

 

Ascom Campus Ceres

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