Experiência com Certific é relatada durante evento

Conforme a servidora Geísa Boaventura (centro), formação atende 20 produtores rurais da região, a maioria mulher

O encontro é composto por mesas-redondas com relatos de experiências de instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O IF Goiano participou na quarta-feira mostrando a experiência com Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Campus Ceres. O destaque foi para o relato de Maria Aparecida da Silva Rodrigues, 39, produtora de queijo da região atendida pelo Programa de Certificação Profissional (Certific).

"Voltar a estudar é voltar a sonhar", considerou a trabalhadora, ao destacar sua vivência com o IF Goiano. Por meio do conhecimento adquirido durante as etapas da certificação, Maria Aparecida começou a se posicionar mais criticamente em relação ao seu ofício, buscando inclusive benefícios para sua categoria. A produtora relatou que se sente mais incluída na sociedade após a participação no programa.

Na terça-feira, servidoras da reitoria fizeram um relato de como se deu essa implantação do Certific na Instituição, iniciada pelo Campus Ceres. A chefe da unidade de eventos científicos e de Formação Inicial e Continuada do Instituto, Geísa Boaventura, explicou que o programa atende hoje 20 produtores de queijo da região. O grupo - formado por mulheres em sua maioria - faz hoje certificação do queijo frescal, mas eles buscam mais. “Querem certificar o queijo muçarela e outros tipos”, explica Geísa. 

O maior desafio para a oferta do Certific, segundo a gestora, é o diálogo com a sociedade, para que os produtores consigam o selo para comercialização e o Instituto seja o mediador entre esses produtores e os órgãos competentes. “Tudo isso para que eles possam ter acesso a essa certificação e melhorar a renda familiar”, justifica. 

Para a servidora Simônia Peres, da Pró-Reitoria de Ensino do IF Goiano, o Certific deu uma "sacudida" na Instituição porque o público atendido pelo programa é o mesmo da Educação de Jovens e Adultos. "São pessoas que vêm com várias demandas, cujo objetivo principal é o trabalho e não o estudo. Então é fundamental que os professores tenham sensibilidade para entender que esses alunos são diferenciados", esclarece a pedagoga. 

Além de Ceres, os campi Iporá e Rio Verde participaram de outras duas mesas do evento. O primeiro apontou realidades e perspectivas ao longo da trajetória do curso de qualificação em Auxiliar de Administração na modalidade de educação profissional para Jovens e Adutos (Proeja). Já o segundo falou sobre a formação integrada nos cursos técnicos integrados em Edificações e Administração. 

Balanço - O Encontro Nacional reuniu servidores, pesquisadores, professores e estudantes dos institutos federais de todo país, para um balanço dos 11 anos de implantação da EJA na Rede Federal, discutirão sobre um currículo flexível - que articule e possibilite o acesso, a permanência e o sucesso -, socializar experiências pedagógicas, pautar o Ministério da Educação para realização de campanha nacional sobre escolarização de jovens e adultos, aprovar plano de ação e, entre outros objetivos, propor um pacto institucional coletivo para fortalecimento da EJA nacionalmente. Um documento com essa finalidade será fechado na tarde de quarta-feira, no encerramento do encontro.

Embora seja sediado no IFG, o evento também é organizado pelos institutos federais da Região Centro-Oeste: Goiano, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Brasília, em ação articulada com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

Confira programação do evento

Coordenação Geral de Comunicação Social e Eventos

Com informações da Diretoria de Comunicação Social do IFG