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MÊS DA MULHER

Conheça a trajetória de vencedora do prêmio Fapeg

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Publicado: Quarta, 15 de Março de 2023, 15h04 | Última atualização em Quinta, 23 de Março de 2023, 17h02 | Acessos: 251

Março é o mês da Mulher e, para celebrar, o IF Goiano mostrará a trajetória de nomes de peso para a Instituição. 

As mulheres destacadas ao longo do mês, cada uma a seu modo, narram suas histórias e identificam como é ser pesquisadora em um mundo ainda dominado pelo machismo, patriarcado e desigualdades étnico-raciais.

A segunda história é de Mariana Egea, pesquisadora do Campus Rio Verde e uma das vencedoras do 1º Prêmio Fapeg de Ciência, Tecnologia e Inovação em 2022.  A premiação foi instituída como forma de reconhecer, valorizar e dar maior visibilidade ao pesquisador, à ciência e à inovação em Goiás e de ampliar o espaço dedicado à divulgação científica nos meios de comunicação. Confira: 

Maternidade e produtividadeMariana é uma das pesquisadoras que mais publica na Instituição: são 115 artigos, 27 capítulos de livro e 4 livros ao longo da carreira. Foto: acervo pessoal.

Desde muito nova, Mariana percebeu que a pesquisa era sua vocação. “Minha mãe fazia graduação em Biologia e quando eu visitava o laboratório com ela achava tudo muito interessante”, lembra. Na graduação, teve a oportunidade de ser monitora e depois de convidada para alguns trabalhos acadêmicos foi natural seguir carreira na área. E com essa naturalidade Mariana se tornou uma das pesquisadoras mais influentes no IF Goiano. Ela está entre os que mais publicam na Instituição: são 115 artigos, 27 capítulos de livro e 4 livros publicados ao longo da carreira. É bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq.

“Publicar é uma forma de sanar a curiosidade, de me atualizar fazendo uma das coisas que mais gosto: estudar, ler e escrever”, revela a vencedora do prêmio Fapeg. “A premiação mostra que a pesquisa é importante para o Estado de Goiás e nosso trabalho tem visibilidade. O reconhecimento não vem só na forma de financiamento”, explica a tecnóloga em Alimentos e nutricionista, mestre em Ciências de Alimentos e doutora em Engenharia de Alimentos.

Apesar da carreira consolidada, Mariana viu sua vida se transformar há um ano, com a chegada da filha Briana. “Na comunidade acadêmica internacional ser mulher não faz muita diferença, mas no Brasil, principalmente no interior, o patriarcado sentencia que a mãe não vai ter a mesma produtividade de antes”, explica. E, de fato, a desigualdade de gênero não permite que a pesquisadora tenha hoje o mesmo tempo para se dedicar à pesquisa.

Mariana vê dois caminhos para mudar essa realidade. O primeiro é a educação. “Mesmo pequenininha, tento mostrar para a minha filha que eu trabalho porque isso me faz feliz, diferente do que minha mãe provavelmente me dizia, que precisava do dinheiro. A questão não é só financeira”, justifica. “Quero que ela cresça assim, com suas próprias paixões e sem culpa, mesmo sendo mãe e mulher”, complementa.

A profissional lembra, também, da necessidade de mostrar às novas gerações que responsabilidade doméstica e parentalidade não têm gênero. “Dessa forma as mulheres terão mais condições de se desenvolver as próprias atividades e espaço para se destacarem”, comenta. Para Mariana, o segundo caminho para mais mulheres na ciência é reforçar as políticas públicas existentes. “Elas precisam ser inclusivas, de fato. Às vezes somos discriminadas por concorrer a um edital só para mulheres”, desabafa.

 

 Diretoria de Comunicação Social

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