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Estudantes de Sistemas de Informação marcam presença na Campus Party

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Publicado: Quarta, 20 de Fevereiro de 2019, 16h10 | Última atualização em Sexta, 19 de Abril de 2019, 21h01 | Acessos: 1274

É a primeira vez que o Campus Ceres compõe a própria caravana para participar do evento, que levou mais de 12 mil para São Paulo

Por Tiago Gebrim
Fotos: Caravana Siga Bem Campuseiros

 


Caravana Siga Bem Campuseiros, formada pelos estudantes do Campus Ceres

 

Um grupo de 28 estudantes do curso de Sistemas de Informação do Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) participou, entre os dias 12 e 17 de fevereiro, da 12ª Campus Party Brasil, considerada o maior evento de tecnologia da América Latina. Os campuseiros, como são chamados os participantes, tiveram a opção de se alojar em barracas no espaço preparado para camping, opção escolhida por oito dos 12 mil participantes, entre eles, a caravana do Campus Ceres. A organização da participação foi realizada pela coordenadora do curso, Jaqueline Ribeiro.

A Campus Party Brasil é conhecida por ocorrer 24 horas por dia, com programação ininterrupta, atendendo a todos os públicos. Nos 05 dias de duração foram 1000 horas de conteúdo, envolvendo 900 palestrantes e atividades em temas como startups, gamers, inovação, drones, academias de criação e desenvolvimento, competições e mostras de robótica, espaço de experimentação Do It Yourself, etc. Outro destaque da infraestrutura preparada para receber os campuseiros é a rede de internet, com 40 Gbps de capacidade de transmissão e capaz de atender a até 25 mil dispositivos simultaneamente.

Conforme a coordenadora do curso, Jaqueline Ribeiro, os acadêmicos começaram a se organizar desde a chamada de abertura do evento, em outubro do ano passado. Os gastos de participação são altos – mesmo com o desconto dado aos integrantes das caravanas o ingresso ainda sai por R$ 300, e a isso se soma o valor para alimentação durante os dias do evento. A viagem foi realizada em veículo próprio do Campus Ceres, que ainda viabilizou o pernoite dos estudantes em campi de Institutos Federais durante o trajeto de ida e volta a São Paulo.

 

 

 

Para esta matéria, ouvimos alguns dos participantes da Campus Party para entender o que o evento significou em suas trajetórias acadêmicas e, por que não, pessoais:


Ianka Bastos de Assis –
Era meu sonho participar desse evento. Porque é um evento de tecnologia, ele engloba tudo o que há de tecnologia no mundo. E é em São Paulo, né? Então aborda questões de infraestrutura, de programação, de banco de dados, de desenvolvimento, tudo.

Bem, primeiro, era minha vontade conhecer outras áreas, para fugir da infraestrutura, que é uma área que eu gosto – eu queria sair da minha zona de conforto. Queria observar outras áreas, como, por exemplo, desenvolvimento, de que tenho muito receio. E lá [na Campus Party] encontrei muitas mulheres que atuavam em desenvolvimento, em programação, e isso me ajudou a amenizar meus medos com a área.

Outra questão é porque eu fui já pensando em um tema do meu trabalho de conclusão de curso. Eestava com muitas dúvidas sobre o que fazer e sabia que lá ou eu encontraria um tema interessante ou reforçaria as minhas ideias. E eu tive essa certeza – eu quero falar sobre o empoderamento de mulheres na tecnologia. Lá eu encontrei a Iana Chan e Camila Achutti [mulheres expoentes na discussão da área de Tecnologia da Informação e participação feminina], pessoas que eu já conhecia, e também a Ana Fontes, de quem eu até então não tinha ouvido falar. Tive o prazer de conversar com ela [Fontes] e tive o boom, falei “É isso mesmo”. Porque eu já estava querendo fugir pra outros assuntos como segurança da informação, banco de dados… Sendo que o que eu realmente queria fazer, o que eu nasci para falar, é sobre o empoderamento da mulher na tecnologia.

E de qualquer forma o evento foi muito importante para meu crescimento pessoal também – eu conheci diversas pessoas, gente que desenvolve softwares, pessoas diretamente ligadas nas áreas de infraestrutura, enfim, situações que me deixaram maravilhada.


Thalia Santana – Eu fui pra Campus Party porque eu acreditei nas possibilidades e contatos que eu poderia fazer, e por já conhecer pessoas que participavam do evento como um coletivo e que me inspiravam. Por exemplo, mulheres de sucesso, como a Iana Chan e a Camila Achutti – ela mesma durante vários anos participou do evento como campuseira e agora é uma palestrante no palco principal. Então ela é um nome de sucesso que me motiva muito.

E além disso, o contato e estabelecimento de networking com pessoas de vários lugares, inclusive de outros Institutos Federais, é muito bom pra gente. Conhecermos outras empresas, locais, pessoas. E isso é importante inclusive para nosso futuro profissional – pode render um emprego, estágio.

Meu momento X nesse evento foi ver em várias palestras a questão da inclusão feminina. Inclusive na primeira palestra, do engenheiro da Nasa Antônio Gontijo, isso já foi tratado. E isso me fez sentir integrada ao evento mesmo, como se muita coisa ali tivesse sido pensada pra mim.


Lara Damaceno Faria (líder da Caravana Siga Bem Campuseiros) – Das minhas impressões de participação do ano passado pra esse ano, eu senti que em 2019 houve uma participação maior de mulheres, inclusive nas palestras que eu assisti. E numa roda de conversa com a Jout Jout [youtuber e jornalista], uma das participantes disse que durante esse ano foi um desafio que a organização da Campus Party se propôs, que foi a de trazer mais mulheres para o evento. E isso foi bem gratificante.

[Falando como líder de caravana,] inicialmente eu não sabia que cada caravana precisava ter uma [pessoa nessa posição]. O ano passado fui com uma caravana e nem sabia quais eram os líderes. E então neste ano eu fiquei em contato direto com a Campus Party – inclusive quero agradecer a Cau Mascellani, que era a responsável pela organização de todas as caravanas e nos deu o maior suporte. Meu medo como líder era o de juntar 15 pessoas, que era o mínimo necessário para compor a caravana. Mas no fim das contas, nós conseguimos levar 29 pessoas, e o pessoal confiou bastante, fizemos tudo o que foi preciso, então deu tudo certo.

O trabalho maior se concentrou antes da ida, porque nós precisamos passar uma série de dados para a Campus [Party]. A compra de ingressos que a gente realizou foi feita com cada um, individualmente, porque havia um desconto, e para isso eu precisava pegar o código, passar os links um por um para o pessoal comprar… Foi um trabalho minucioso que eu fiz para sair tudo certinho e na hora de bater a planilha com o pessoal do evento estar tudo nos conformes.


Jaqueline Ribeiro (coordenadora do curso de Sistemas de Informação) – Em 2018 nós fomos em sete pessoas, fizemos um grupo, não tivemos os 15 pra formar a caravana e então a Lara fez o contato e fomos com um grupo maior. Neste ano foi nosso desafio – montarmos nossa própria caravana. Conseguimos com a direção do Campus Ceres o ônibus, isso ficou estabelecido desde outubro do ano passado. Outro desafio foi o valor desembolsado pelos estudantes, que ficou em 300 reais para a inscrição e mais 400 para a alimentação lá.

Eu, na coordenação do curso, incentivei a participação dos meninos por ocasião da minha vivência na Campus Party. Eu tenho amizades feitas dentro do evento e algumas que inclusive só vejo durante a Campus. Inclusive o diretor de conteúdo do evento, Thalis Antunes, que me cedeu três cortesias – uma delas para o motorista do ônibus e duas estudantes que decidiram ir em cima da hora. Agradeço muito a ele.

É uma experiência de curso, de vida. A cada ano [os organizadores] investem mais em inovação, em empreendedorismo. Há participação ativa das mulheres no evento. Sempre palestras marcantes, possibilidades de fazer contato, tanto para os estudantes quanto para trazermos palestrantes para nossos eventos. A Campus Party é o maior evento do tipo na América Latina, tanto pela adesão quanto pela diversidade de conteúdo.

Fico feliz em estar na comissão organizadora da Campus Party Goiânia, que será realizada pela primeira vez. As reuniões começaram em setembro de 2018, o pessoal se encontrou lá em São Paulo também, e estamos organizando – acredito que será em outubro ou novembro.

 


Lara Faria e Thalia Santana durante entrevista para o programa Rede TV News. Ao fundo, outros integrantes da caravana do Campus Ceres

 

Vivência – Além do conteúdo e do gigantismo do evento, todos os participantes concordam que o aspecto da vivência, durante a fase acadêmica, é por si só importante para a formação. “Eu acredito que é fundamental. E que esses meninos vão se lembrar daqui 10 anos que tiveram essa oportunidade aqui pelo IF, de participar desse evento. E isso é gratificante”, opina Ribeiro.

Lara Faria, que além de participar teve a responsabilidade de montar e cuidar da caravana, tem o mesmo posicionamento. “São oportunidades que o Instituto traz pra gente. Nós já tínhamos ido em evento da área - a LatinoWare em 2015, no terceiro ano do Ensino Médio, em uma caravana com 27 pessoas, três professores”, lembra a discente, que também cursou o Ensino Médio Técnico no IF Goiano. “São coisas que o Instituto proporciona – incentivo muito grande para que a gente participe desses eventos. É muito bom ter essas oportunidades”, afirma Faria.

A participação dos Institutos Federais, segundo conta Jaqueline Ribeiro, foi bastante relevante. “É engraçado que a maioria das caravanas que víamos lá eram de Institutos Federais, quase não vimos de universidades. Era IF da Bahia, IF de Maceió, de São Paulo”, narra. Thalia Santana enfatiza também a parceira entre institutos para possibilitar hospedagem durante o translado. “Temos que agradecer também os outros IFs que nos hospedaram, o Campus Araraquara, do IFSP, a Reitoria do IFSP, onde o ônibus ficou durante toda a semana, e o Campus Itumbiara do IFG, e o nosso diretor-geral, Cleiton, que fez esse contato com os outros campi de IFs para que a gente pudesse ficar”, conclui.

 

 

Ascom Campus Ceres

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