Pesquisadora defende junção da ciência com o saber popular

Segundo a pesquisadora, tanto o saber popular quanto o rigor científico devem ser levados em conta quando o assunto é pesquisa com plantas de uso popular. “Existem muitos indícios e poucas comprovações acerca de muitas plantas que podem ser benéficas, mas a pesquisa científica não é tão rápida quanto os relatos, a sabedoria popular. Então, eu acho que as duas coisas precisam caminhar juntas”. Segundo ela, o conhecimento popular deve ser usado para aprofundar um estudo sobre um determinado composto e assim chegar a um produto comercializável. A professora, portanto, refuta a dicotomia cultura popular x método científico e prefere a colaboração entre as áreas.

Sobre a pesquisa científica, professora Cássia falou da importância de suas etapas, ressaltando a revisão bibliográfica e a busca por recursos para o seu desenvolvimento. Sobre os incentivos financeiros para as pesquisas,  Cássia lamenta o pouco interesse das indústrias em investir nos estudos sobre o Cerrado. A solução, segundo ela, está na inovação dos métodos e na firmeza das ações, já que o Cerrado é um bioma importante e vasto para a atuação de pesquisadores.

Para a pesquisadora, os métodos da pesquisa científica são de suma importância para um bom estudo em produtos naturais e citou, por exemplo, o horário de extração do óleo das plantas, que pode apresentar diferentes reações em suas  composições químicas a depender dos horários em que são coletados.

A pesquisadora concluiu falando sobre famoso chazinho de erva-cidreira: “Dizem que o chá de erva-cidreira tem efeito calmante. Será que o efeito é o mesmo com a panela tampada ou destampada?" Segundo ela, nesse caso a tampa é importante, porque o princípio ativo é um óleo essencial volátil, que evapora com água fervente. Fica a dica da professora.

Com informações da Assessoria de Comunicação da SBPC

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