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Polo de Inovação: consolidando uma nova estrutura

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Publicado: Terça, 16 de Junho de 2020, 10h18 | Última atualização em Quarta, 12 de Mai de 2021, 15h40 | Acessos: 1948

 

O credenciamento à Embrapii no final de 2017 marcou uma virada no modo de trabalhar do Polo de Inovação.

Parte da equipe no Agridigital 2019, evento realizado pelo Polo de Inovação.
imagem sem descrição.

Após o credenciamento Embrapii em dezembro de 2017, o Polo precisou criar processos e fluxos de gestão da inovação. O Polo não era mais um grupo de pesquisa, mas sim uma unidade administrativa do IF Goiano, assim como os campi.

“Além de ter vocação em uma área e laboratórios para executar projetos, para atuar na inovação o Instituto Federal precisa captar e gerenciar projetos, e entregar produtos desenvolvidos”, explicou Paulo Henrique de Azevedo Leão, que era Diretor de Desenvolvimento da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) na época do credenciamento do IF Goiano.

Segundo ele, a ideia de criar os Polos de Inovação pela Setec está ligada à construção da cultura da inovação nos institutos. “Não é só a inovação tecnológica em si que importa, é uma maneira nova de gerir um instituto, ou seja, inovação na própria gestão”, comentou ele. Paulo explicou que a atuação do Polo de Inovação deve ser analisada não só pelos resultados em termos de produtos entregues. “Vocação, laboratórios e os modos de captar e gerir recursos impulsionam a criação de normas internas que vão amparar o trabalho do pessoal que quiser se dedicar ao empreendedorismo e à inovação no IF Goiano”, concluiu.

Hoje executivo da maior indústria farmacêutica do Brasil, Paulo lembra que esteve em Rio Verde em 2017 para orientar o planejamento estratégico da nova unidade, tornando mais evidentes a vocação, os clientes e as oportunidades que se abriam.

Na mesma época, a professora Rúbia Cristina Arantes Marques, do Campus Rio Verde, foi convidada a comandar a gestão de projetos. Rubia comenta que já encontrou no Polo um grupo coeso, e que o volume de trabalho a fez ser integrada rapidamente à equipe. “Quando cheguei ao Polo, sabíamos que tinha muito a ser feito, mas não sabíamos ao certo o que fazer”, disse ela. “Hoje temos atribuições bem definidas para realizar todos os processos de gestão da inovação, mas é o espírito de equipe que nos motiva”, comentou.

O trabalho de estruturação foi simultâneo ao de buscar e gerir projetos no modelo da Embrapii, afinal o credenciamento veio junto com metas a serem cumpridas. Em pouco mais de 12 meses, o Polo de Inovação atingiu as metas previstas para três anos e o plano foi repactuado.

Além de gerir os projetos, Rubia também se tornou coordenadora de um dos projetos, cujo produto foi entregue em maio desse ano. Ela relata: “o dia da entrega ficou marcado não só no meu currículo, mas na minha vida mesmo, porque o projeto apresentou diversos desafios e, ao final, a empresa recebeu o produto com muitos elogios”. Rubia, que atuou em empresas por muitos anos antes de ser servidora do IF Goiano, considera que a resposta positiva do mercado “é a certeza de que estamos fazendo a coisa certa e, por isso, vale cada final de semana e hora a mais trabalhada”, concluiu.

Novos profissionais

Os Polos de Inovação foram idealizados pela Setec como uma estrutura para aproximar os institutos federais do mundo do trabalho. “Os institutos formam pessoal para o mundo do trabalho e, por isso, é imprescindível que ele esteja alinhado com as demandas desse mundo, precisa estar próximo, entender e viver as necessidades”, explicou Paulo Leão, que participou dessa criação. Na sua visão, “apesar de estar ligada ao ensino, pesquisa e extensão, a cultura da inovação é mais multifacetada” e, para dar conta dessa complexidade, é preciso capacitar pesquisadores e estudantes dentro dessa cultura.

A pesquisadora Renata Pereira Marques, que faz parte do Polo desde o início, vem trabalhando para integrar educação e inovação. Ela liderou a equipe que elaborou uma nova proposta de mestrado profissional para o Campus Rio Verde, o Programa de Pós-Graduação em Bioenergia e Grãos, aprovado pela Capes no final de 2016. O mestrado foi pensado para aproximar o setor produtivo do IF Goiano e, por isso, desde que começou a funcionar no início de 2017, o programa admite somente pessoal que possua vínculo profissional com o setor de bioenergia e grãos e dá preferência a projetos que respondam a demandas das empresas em que atuam.

A experiência e os casos de sucesso no mestrado colocaram Renata na liderança de um dos processos-chave do Polo de Inovação: a formação de recursos humanos. A professora vem organizando protocolos de acompanhamento e avaliação dos estudantes que atuam nos projetos de inovação. “Meu principal desafio é ajudar a mantê-los focados, estimulando o desenvolvimento de seus pontos fortes, identificando individualmente pontos fracos e traçando formas de superá-los”, explicou a pesquisadora.

Renata reforça ainda que os projetos de inovação são um espaço para explorar metodologias ativas de aprendizagem. “Os ambientes de trabalho dos projetos permitem exercitar o aprendizado hands-on [a famosa mão na massa], para desenvolvimento de pensamento crítico e capacidade de gestão de conflitos, por exemplo, que considero fundamentais para o exercício profissional”, concluiu a professora.

Perspectivas

Ao mesmo tempo em que o Polo de Inovação se organizava e cumpria metas, o IF Goiano se empenhou na construção de uma sede própria para a unidade, a partir dos trabalhos da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional. Para intensificar os relacionamentos, o primeiro espaço na sede do Polo deve abrigar laboratórios e escritórios compartilhados com empresas e parceiros institucionais. “O compartilhamento de ambientes de trabalho é uma estratégia bastante conhecida para estreitar relacionamentos profissionais e trabalhar de forma colaborativa”, explicou o diretor-geral do Polo de Inovação, Alaerson Maia Geraldine.

Outro passo importante é o recredenciamento do IF Goiano à Embrapii no final deste ano, com a consequente mudança do status de “polo em estruturação” para “polo em consolidação”. O recredenciamento está condicionado ao cumprimento de metas do novo plano de ação e a equipe está otimista: “Já temos novos projetos em negociação e continuamos trabalhando no aperfeiçoamento de cada processo interno de gestão”, concluiu Alaerson.

Acesse a primeira parte da reportagem "Polo de Inovação: seis anos construindo confiança"

Assessoria de Comunicação do Polo de Inovação
Texto: Karen Terossi

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