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2021

  • IF Mulheres (entrevista completa do Boletim IF em Movimento - mar/21)

    Criado em 2020 para este Boletim, o IF Mulheres é um espaço destinado a divulgar as ações de mulheres do IF Goiano. Tendo em vista que, como frutos de uma sociedade machista, na qual a violência contra a mulher – física, verbal ou emocional – é naturalizada, elas possuem várias desvantagens sociais. Então, esta seção se configura como um espaço de luta contra a institucionalização das violências e um espaço de referência e sororidade para as nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local. Na abordagem dessa edição, realizamos entrevistas com três mulheres, que vivem na intersecção de violências devido o machismo e o racismo. Elas representam, infelizmente, uma minoria de servidoras no IF Goiano que compactuam deste mesmo recorte de mulheres, escancarando para nós que políticas públicas são necessárias para promover igualdade social e oportunidades iguais a todas.

    Tema: Não sou uma mulher preta linda! Sou mulher. Sou preta. Sou linda.

     

     

    Entrevistada Silvia Maria dos Santos Severina Maria dos Santos – concursada em 1995, para o setor de lavanderia da então Escola Agrotécnica Federal de Ceres (EAFCe), onde permaneci até o ano de 2009. Devido a ter desenvolvido LER fui remanejada para o Centro de Equoterapia, para cuidar de sua organização. Em 2010, com o advento da aposentadoria da coordenadora do setor à época, professora Elisabeth, me foi passada essa incumbência que permanece até o dia de hoje.

     

     

    1. O corpo da mulher é socialmente objetificado e sobre este corpo é imposto muitas regras e limitações. Levando em conta este tipo de violência, fale sobre como se deu a construção de tua identidade feminina desde a tua infância e como esta identidade se materializa hoje.

    Na minha infância, e no começo da adolescência, penei um pouco, mas nunca me deixei abater, não entedia o porquê de tanta indiferença, mas minha mãe sempre me dizia “não se incomode com essas besteiras, porque você pode ser o você quiser, se eles podem, você também pode”. Daí sempre foquei nos estudos para me sentir auto suficiente, o que me ajudou muito no meu processo de autodescobrimento e de autoconhecimento. Passei a ter melhor percepção do mundo e suas injustiças, tive que me emancipar muito cedo com o "passamento" do meu pai precocemente, por ser primogênita de uma família de seis filhos e de pobreza extrema. Aprendi desde então a lutar contra os relacionamentos abusivos que se passavam com outras mulheres negras como eu, coisa essa que nunca aceitei. Nós criamos sim uma "carcaça" de guerreira, forte e lutadora, mas as feridas estão lá e, o pior, sem ninguém que trate delas, sem ninguém que se importe. Aprendemos a engolir o choro e seguir, mas isso não quer dizer que não esteja doendo. Enquanto a mulher branca ganhou o estereótipo de "sexo frágil", nós mulheres negras ficamos com o de "forte, mulher que aguenta tudo". Nenhum deles é bom! Se um subestima a capacidade, o outro tira o direito à dor, à tristeza, ao cansaço.

    No mercado de trabalho os efeitos do racismo estrutural são evidentes, a cultura do branqueamento é predominante e quanto mais retinta for a nossa pele, quanto mais preta ela for, mais distante estará das oportunidades. Não apenas no mercado de trabalho, mas em todas as esferas de nossa vida. Ainda que a capacidade profissional nossa seja comprovada para exercer determinada função, outras características, que nada têm a ver com a função a ser exercida, determinam a ocupação da vaga por pessoas de outros grupos raciais. Possuir uma identidade de gênero feminina, qualquer que seja ela, no nosso País é um constante exercício de resistência.

    2. Comente como frases racistas camufladas de elogios tais como: “que mulher preta linda”, “você tem uma beleza exótica”, “você tem traços finos”... podem destruir a autoestima das mulheres pretas.

    Sinceramente, eu acho ridículo todas essas frases que usam a desculpa de ser um "elogio" e na verdade são frases totalmente racistas. Precisamos entender que somos gente, não gente negra ou gente branca, simplesmente gente. Afirmações como essas só reforçam o racismo existente nessa modernidade de forma sutil.

    3. Como se dá a construção da autoestima de uma menina/mulher preta em uma sociedade que padroniza bonecas sem representatividade, que tem em seu imaginário a construção de um Deus branco e onde o protagonismo e o padrão de beleza se dão em pele branca?

    É uma luta conseguir construir autoestima, se amar e se aceitar, porque sempre vem à tona a dor de tantas mulheres negras marcadas por gerações e gerações, sendo excluídas, subestimadas, desvalorizadas e nunca sendo as preferidas, dentro da realidade que temos. Enquanto a representação for racista a representatividade será escassa.

    4. Infelizmente, devido às injustiças sociais que vivemos por questões de gênero e racial, a mulher preta, muitas vezes, só “é chamada” para falar de suas lutas e todo o restante de sua existência é negligenciado. Use este espaço para falar destas outras vertentes, a Silvia profissional, a Silvia mãe e a Silvia Mulher.

    Decidi prestar concurso, pois em certames assim não há discriminação racial, não se vê quem está fazendo as provas!!! Não se sabe a cor, o gênero, o local de nascimento, nada! E aí, só o mérito individual e esforço de cada um. Mas para não fugir aos padrões logo que iniciei o trabalho na Instituição já senti na pele o preconceito por ser mulher e mulher negra. Reagi e com isso quase fui exonerada, mas como de costume não me abalei e continuei a fazer meu trabalho.

    Eu, mãe solteira, criei filhos com a percepção de empoderamento em que poderiam sim ser quem e o que quisessem, dentro do respeito às regras exigidas na sociedade em geral. Que independente da nossa cor, somos importantes. Até porque sonho que se sonha só... é só um sonho que se sonha só... mas sonho que se sonha junto é realidade.

    Eu, mulher solteira por opção, livre, independente, feliz comigo mesma, segura de quem sou e do que quero, me considero forte justamente por ter passado por isso.

    5. A partir de sua experiência, qual mensagem de motivação, força e empoderamento você poderia dizer para nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local.

    Desde a "abolição da escravidão", a população negra só foi incluída como consumidor e nunca como cidadão. Mesmo tendo sofrido todo tipo de bullying na escola, acredito nela como espaço de construção de sociabilidades, de afetividades, de conhecimentos, de produção de humanidades, de acolhimentos, de emancipação de pessoas. Espaço do contraditório, da diversidade, de estar sempre em construção, nunca estar pronto, que é bonito se saber sujeito em processo de ser sempre melhor para si, para o outro e para o mundo. Acredito ser imprescindível que o debate acerca da desigualdade de gêneros faça parte do ambiente escolar A relação gênero-educação é abrangente e complexa e não é uma novidade, embora pareça que somente na atualidade a desigualdade de gêneros esteja sendo discutida. Bora desconstruir conceitos para ajudar as novas gerações de mulheres negras sejam mais empoderadas. Empoderamento da mulher negra já!, verdadeiro e profundo. Somos fortes sim, mas temos sentimentos como todo ser humano. Sejamos aguerridas e lutemos pelas novas gerações.

     

     

    Entrevistada Fabiana Aparecida Marques – bacharela em Química pela Universidade Federal de Uberlândia (2007-2010), mestra em Química Orgânica pela Universidade Federal de São Carlos (2011-2013), doutora em Química Analítica pela Universidade de São Paulo - IQSC (2018), com período sanduíche na Concordia University, Canadá. Atualmente é professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano. Tem experiência nas seguintes áreas: separações (cromatografias), espectrometria de massas, metabolômica, ferramentas quimiométricas, infravermelho, produtos naturais e microbiologia.

     

     

    1. O corpo da mulher é socialmente objetificado e sobre este corpo é imposto muitas regras e limitações. Levando em conta este tipo de violência, fale sobre como se deu a construção de tua identidade feminina desde a tua infância e como esta identidade se materializa hoje.

    Quando se fala em corpo feminino, logo pensa-se no padrão estético “magro” e na maioria das vezes na cor de pele branca, padrão culturalmente imposto pela sociedade e cultura contemporânea. Ao analisar o termo “objetificação do corpo feminino”, tem-se por trás disso, além do padrão que a sociedade impõe, a falta de relevância em termos emocionais e psicológicos de uma mulher. Essa objetificação está muito relacionada com o que a mídia impõe, um padrão contemporâneo, e que muitas das vezes está vinculado à questão de agradar alguém, sendo inclusive ponto para comentários e piadas sexistas. Contraditoriamente, o meu “eu” vem de oposto ao padrão que se espera, na verdade sou uma mulher dita “gordinha”, que desde a infância ouviu “como você tem o rosto bonito”. Sim, são expressões que as mulheres fora do padrão que a sociedade impõe ouvem geralmente, e são a partir dessas expressões que eu aprendi a me blindar para me manter emocionalmente e psicologicamente desde a infância, feliz e bem comigo mesma!

    2. Qual a situação da mulher preta no Brasil? Onde estão estas mulheres?

    Uma questão um tanto quanto complexa. A depender da subjetividade, conhecimento e status de cada um, tem-se uma visão diferente para onde estão estas mulheres. Quando levamos para o mercado de trabalho, pode-se considerar que é o local onde a mulher preta mais sofre com o racismo e desigualdade em seu cotidiano. Atualmente existem mulheres pretas em diferentes locais e status no País, desde aquelas mulheres que estão alcançando cada vez mais seu espaço para novos e melhores cargos até mulheres que se encontram, na maioria dos casos, em condições degradantes e vulnerabilidade social. Quando analiso os locais onde passei durante minha formação, mínimas foram as mulheres pretas com as quais me deparei e que estivessem no mesmo nível de formação e atuação que eu. Infelizmente essa é a realidade brasileira, quando penso e tento lembrar de alguma mulher química e preta, confesso que tenho dificuldades. Sinto-me privilegiada em ter chegado até aqui, doutora e docente em uma instituição pública de ensino, concursada! Mas esse privilégio não está relacionado com sorte ou mérito, e sim de luta e resistência a uma sociedade racista e machista. Deixo aqui um apelo às mulheres pretas, que possamos desenvolver ações e criar meios de melhoria para nossa inserção no mercado de trabalho e consequentemente maior visibilidade social, o que quebraria em partes um processo histórico inundado pelo racismo entrelaçado nas esferas sociais, permeado ainda pelas desigualdades e falta de oportunidades.

    3. Como se dá a construção da autoestima de uma menina/mulher preta em uma sociedade que padroniza bonecas sem representatividade, que tem em seu imaginário a construção de um Deus branco e onde o protagonismo e o padrão de beleza se dão em pele branca?

    Aqui recorro facilmente às palavras inseridas na primeira pergunta. Considerando o meu “eu”, diria que embora eu fuja dos padrões estéticos que historicamente a sociedade preconiza, sempre tentei manter o emocional e o psicológico – amor próprio deve vir em primeiro lugar. Por incrível que pareça são questões que de fato nunca me afetaram como pessoa nem ao menos como profissional ou mulher. Ressalto ainda que as mulheres estão sujeitas a inúmeros tipos de discriminações, muitas são as combinações possíveis de opressões que acabam atingindo diversos segmentos. Dessa forma é importante ressaltar que não devemos pensar em discriminações individualizadas, há uma sinergia entre os tipos de discriminações, surgindo um termo muito bem utilizado pelos estudiosos do ramo: a interseccionalidade, que vem tratar da forma pelo qual o racismo, o patriarcalismo, a opressão de classe, sexismo, e outros sistemas discriminatórios criam desigualdades básicas que estruturam as posições de mulheres, raças, etnias, classes e outros vários quesitos. A luta por dignidade é diária, e nós mulheres pretas precisamos ser resistentes, não é o padrão de cor de uma boneca que iria interferir no meu intelecto e conquistas. Tento estar sempre buscando, transformando, reinventando, e é por isso que sinto o direito de dizer que não é um padrão feminino objetificado pela história que vai interferir nos meus limites profissionais e pessoais, é a minha história... minha vida.

    4. Infelizmente, devido às injustiças sociais que vivemos por questões de gênero e racial, a mulher preta, muitas vezes, só “é chamada” para falar de suas lutas e todo o restante de sua existência é negligenciado. Use este espaço para falar destas outras vertentes, a Fabiana profissional, a Fabiana mãe e a Fabiana mulher.

    Essa pergunta me fez refletir o quanto esse assunto é pouco discutido e até mesmo analisado por mim. Me fez enxergar o quanto o racismo impacta a vida de muitas mulheres pretas, o quanto isso deveria ser mais explorado e analisado pela sociedade como um todo. Nessa entrevista foi necessário que eu buscasse referências e estudos em que eu pudesse me guiar em algumas questões, por mera falta de conhecimento e embasamento para gerar uma discussão coerente. A Fabiana profissional, a Fabiana mãe e a Fabiana mulher acabam sendo uma mulher preta que se considera não impactada pelo racismo existente e encrustado na sociedade. Temos que levar em consideração que não existe somente a discriminação racial, mas também o sexismo, discriminação de gênero, violência doméstica e inclusive práticas machistas. A Fabiana nas três vertentes citadas acaba sendo uma mulher preta privilegiada, como já citei em respostas anteriores, a luta e resistência sempre foram companheiras para chegar onde me encontro hoje, e certamente os espaços que ainda irei conquistar. A Fabiana profissional sempre se cobrou muito, pelo perfeccionismo nas ações acadêmicas, pela busca sempre em não falhar perante algum tipo de avaliação e isso não abre espaço para mostrar as fraquezas, sempre gostamos de nos mostrar fortes e sem falhas, o que de forma prática e real não é bem o que acontece. A Fabiana mãe, essa sim está em constante aprendizado, uma vertente tão recente na minha vida e que em pouco tempo já foi suficiente pra mostrar o quanto somos fortes – não relaciono aqui ao fator “cor da pele”, nesse ponto eu ressaltaria que por detrás de todo o “romantismo” em ser mãe, existe uma MULHER forte e com um coração imensurável de sentimentos. Por fim, a Fabiana mulher, aqui pego o gancho da primeira resposta, a questão da personificação do padrão estético feminino, a Fabiana nessa vertente é mais resistente ainda, com amor próprio, equilíbrio emocional e psicológico eu amo ser a Fabiana que sou!

    5. A partir de sua experiência, qual mensagem de motivação, força e empoderamento você poderia dizer para nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local.

    Tenho convicção de que, muitas vezes, o percurso é árduo, nosso profissionalismo e estética são sempre avaliados e observados de acordo com o padrão que a sociedade preconiza, o que acaba sendo marcado racialmente. No entanto, não devemos permitir que olhares externos e empecilhos diversos nos façam colocar em dúvida nosso potencial. Nos conhecer, parar de “naturalizar” nossa origem e história, explorar nossos laços familiares de solidariedade geram, em minha opinião, um diferencial para mulheres que vivem em situações de vulnerabilidade ou de múltiplas vulnerabilidades, devido o interseccionalismo presente. Conhecer nossos direitos, deveres e aprofundar em estudos para compreender nosso próprio processo histórico fazem também muita diferença – evitem sempre de se vitimizar por serem, por exemplo, mulher e preta, se profissionalizem cada vez mais! O conhecimento é nosso escudo, isso nenhum tipo de padrão social pode nos tirar. A invisibilidade do racismo acaba sendo uma triste realidade brasileira e, dessa forma, não se pode esperar que a população preta, em especial as mulheres pretas estivessem familiarizadas com essas discussões, então ressalto aqui a necessidade de nos conhecer e desbravar caminhos pela sociedade. Finalizo com uma frase: “Aquilo que não se via ou não se dizia ou se fingia não ver/dizer está dito: racismo” (Jurema Werneck, 2003).

     

     

    Entrevistada Cristiane Maria Ribeiro – possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (1995), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (2000) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2005). Foi professora efetiva da Universidade Federal de Goiás e atualmente está vinculada ao Instituto Federal Goiano, como professora. Tem experiência na Educação Básica e em pesquisa, principalmente sobre os seguintes temas: Educação, Educação para as relações étnico-raciais, Políticas Educacionais e História da Educação. É, também, professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino para a Educação Básica e Gerente de Pesquisa do Campus Urutaí do IF Goiano.

     

     

    1. O corpo da mulher é socialmente objetificado e sobre este corpo é imposto muitas regras e limitações. Levando em conta este tipo de violência, fale sobre como se deu a construção de tua identidade feminina desde a tua infância e como esta identidade se materializa hoje.

    Tenho comigo uma postura e atitudes de que o lugar das mulheres deve ser onde elas quiserem estar, não um modelo determinado de comportamento, profissão e limitações do que ele pode ou não fazer por causa de seu gênero. Este pensamento não foi construído na militância e nem, tampouco, na academia, mas fruto de condições adversas de vida que me empurrou para tarefas que as vezes eram tidas como masculinas, acompanhando meus pais em trabalhos precarizados. Meus pais não determinavam o que um filho ou filha podia fazer. Logicamente, esta perspectiva foi aprofundada na militância.

    2. Comente sobre como a hipersexualização do corpo preto afeta a vida afetiva e social das mulheres pretas.

    Esta questão é muito difícil de enfrentar porque há o preconceito de gênero que objetifica as mulheres, e quando se é negra temos que lidar, também, com a ideia de servir para sexo ocasional, sem envolvimento, respeito ou compromisso. A dificuldade é que se você tenta fugir de qualquer um destes estereótipos, fica tachada como rancorosa, frustrada. Confesso que é difícil lidar com alguns homens que se acham no direito de propor relacionamentos “secretos” ou te enxergam como subordinada, mesmo tendo a mesma função no organograma da Instituição. Particularmente, o mais difícil é mostrar que não há possibilidade de me sujeitar a isso com elegância, propriedade e educação.

    3. Segundo a filósofa Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Qual a importância para a nossa Instituição de que os nossos gestores entendam esta afirmação?

    Eu vejo dois movimentos quando a mulher negra quebra as barreiras e se empodera ou consegue tratamento equitativo dentro de uma instituição. De um lado vejo um incomodo daqueles que tem posições conservadoras, expressado a partir de questionamentos, tais como: Por que ela? Como ela consegue? Ela está ali por cotas, pois a instituição quer parecer politicamente correta? Por outro lado, vejo um movimento de pessoas que conseguem compreender a perversidade das relações raciais brasileiras e veem um você uma esperança ou modelo a ser seguido. Penso que é urgente uma política institucional permanente de promoção de inclusão dos grupos minoritários.

    4. Infelizmente, devido às injustiças sociais que vivemos por questões de gênero e racial, a mulher preta, muitas vezes, só “é chamada” para falar de suas lutas, e todo o restante de sua existência é negligenciado. Use este espaço para falar destas outras vertentes, a Cristiane profissional, a Cristiane mãe e a Cristiane mulher.

    Fiz a opção em construir como objeto de pesquisa as questões afetas à diversidade étnico-racial, conciliar minha carreira profissional com a temática é tranquilo, pois não só escrevo, oriento sobre a temática, mas tenho que mostrar nas ofertas de disciplinas que sei muitas outras coisas. Sou uma mulher feliz por me considerar bem-sucedida profissionalmente. A maternidade é uma realização indescritível!

    5. A partir de sua experiência, qual mensagem de motivação, força e empoderamento você poderia dizer para nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local?

    Gostaria de dizer para as mulheres, principalmente para as jovens pobres e negras, que ser negra neste País é a coisa mais difícil do mundo, é quase insuportável – contudo, nós não precisamos nos encaixar nos estereótipos e lugares que são a nós destinados, e para não submeter é preciso lutar, conscientemente.

     

     

    Boletim IF em Movimento
    Campus Ceres

  • IF Mulheres (entrevista completa do Boletim IF em Movimento - set/21)

    Criado em 2020, para este Boletim, o IF Mulheres é um espaço destinado a divulgar as ações de mulheres que se vinculam ao IF Goiano. Esta seção, que objetiva combater a institucionalização das violências contra as mulheres, constitui-se como um espaço de referência e sororidade as nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local. Em vista das condições históricas, políticas e culturais machistas e patriarcais, ressalta-se a necessidade da construção de espaços como estes, tendo em vista que a naturalização das diferentes violências contra a mulher resulta na marginalização e silenciamento feminino em seus espaços de inserção/atuação. Nesta edição, entrevistamos três mulheres, que atuaram/atuam frente a ações para difusão de pensamentos feministas na nossa sociedade e trabalham com o empoderamento feminino.

    Tema: A importância do feminismo na vida das mulheres.

    A equipe desta ação agradece o espaço permitido pelos nossos gestores. Trabalhamos juntos para o crescimento da nossa instituição.

     

     

    Entrevistada: Ramayane Bonacin Braga

    Descrição profissional: Bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade Estadual de Goiás, Campus Goianésia, com Especialização em MBA na área de Governança de TI. Atua na Educação Profissional desde 2009 em diferentes escolas da Rede EPT. Professora efetiva do Campus Ceres desde 2015, ministrando disciplinas na área de Engenharia de Software e Análise de Sistemas. Já coordenou projetos de extensão na área de Lógica de Programação para Criança da Educação Fundamental I. Coordena o Projeto Meninas Digitais no Cerrado desde 2016, junto aos professores Adriano Braga, Natália Louzada e Thalia Santana. O projeto Meninas Digitais no Cerrado faz parte dos projetos parceiros do programa nacional Meninas Digitais da Sociedade Brasileira da Computação (SBC). Faz parte do Comitê Gestor do Programa Meninas Digitais da SBC. Atualmente está cursando o mestrado em Educação Profissional (ProfEPT) do Campus Ceres.

    1. Todes aqueles que realizam uma pesquisa, ainda que superficial, sobre feminismo entenderão que se trata de um movimento de luta de mulheres que buscam a igualdade de gênero, ou seja, uma sociedade em que homens e mulheres tenham acesso aos mesmos direitos. No entanto, muitas vezes o feminismo é visto como o oposto do machismo, ou seja, um sistema de opressão das mulheres contra os homens. Para você, qual a origem dessa incompreensão em relação ao que o feminismo representa e quais são os impactos negativas que esse equívoco pode causar para os movimentos sociais?

    Primeiramente acredito que o movimento contra o Feminismo surge a partir daqueles que querem negar nossos direitos e assim criar uma imagem negativa para que as próprias mulheres não se vejam reconhecidas neste movimento tão importante por uma equidade de gênero. Os impactos negativos contra o feminismo, em 1º lugar, podemos definir como um retrocesso em uma luta que já obteve tantas conquistas importantes. Em segundo lugar poderia dizer que há uma dificuldade de entendimento, pelas mulheres, da importância do movimento e o que ele representa e quais conquistas foram alcançadas. E por último, se o movimento de Feminismo não for reconhecido como algo positivo e importante, teremos dificuldade de ocupar espaços de fala sobre temática em eventos e lugares públicos. Por isso, vejo como de suma importância para combater essa imagem negativa o conhecimento da história das conquistas e das lutas das mulheres que representam essas causas.

    2. Muitas mulheres feministas se encontram em uma posição dicotômica entre a sua atuação na luta feminista e a forma como se comportam em suas relações, visto que por mais que haja um processo de desconstrução em curso, todas e todos somos frutos de uma sociedade patriarcal. Isso significa que crenças machistas ainda podem influenciar o comportamento dessas mulheres em seus diferentes tipos de relacionamento (profissional, amoroso, familiar, etc). A partir dessa reflexão, qual seria a melhor forma de evitar que esse paradoxo (ser feminista e ter pensamentos/comportamentos machistas decorrentes do contexto patriarcal em que as mulheres se inserem) se torne mais uma forma de opressão contra as mulheres?

    Como dito, ser feminista em uma sociedade construída a partir de concepções patriarcais é viver em constantes julgamentos e reflexões por toda a sociedade, inclusive a família. O exercício de luta pela equidade de gênero deve ser diário e praticar a sororidade – na minha opinião, é uma das melhores formas de enfrentar esta cultura patriarcal, ser solidárias umas com as outras faz nos sentirmos apoiadas e mais fortes para entender que a luta é única e deve ser vista por todos e todas de uma forma positiva.

    3. O conto da aia, de Margaret Atwood, é um romance fictício que se passa em um futuro muito próximo, na República de Gilead (que era, anteriormente, os Estados Unidos da América). Nessa república não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes, e as universidades foram extintas. O Estado é teocrático e totalitário e as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes, em uma sociedade em que elas perderam todos os seus direitos. Infelizmente, retrocessos como estes não ocorrem apenas na ficção. A história das mulheres iranianas é um exemplo disto – a partir da revolução islâmica em 1979, as suas vestimentas foram questionadas e, no início da década de 80, foi imposto um código de vestimentas obrigatório a estas mulheres. Nesse contexto, fica claro a fragilidade do direito feminino, descrito pela autora Simone de Beauvoir como uma concessão temporária. Com base no texto acima, escreva sobre a importância dos movimentos feministas para a sociedade brasileira e a manutenção dos direitos das mulheres.

    A missão de defender a equidade de gênero não é só um movimento feminista com brasileiras e mulheres mundialmente conhecidas, mas é uma obrigação muito maior descrita nos objetivos da ONU para 2030 e assinados por países do mundo todo. Portanto defender os direitos das mulheres e empoderá-las é uma missão mundial e de suma importância para que a sociedade possa no futuro ser mais próspera, justa e igualitária.

    4. Segundo Alexandra Gurgel (conhecida pelo perfil @alexandrismos), em matéria para a Revista Trip - Uol, “quando a gente pensa na nossa sociedade, que é patriarcal, percebemos que o machismo é a raiz do problema. Os homens veem a mulher como objeto e como algo a ser possuído. A mulher tem que ser subjugada ao homem e o olhar que importa é aquele do homem sobre ela. Essa pressão existe de qualquer jeito, a pressão para ser perfeita. Há um padrão para ser seguido e quem se aproxima mais dele é mais bonito”. A partir dessa afirmação, nota-se que, de um lado, a mulher feminista luta contra a imposição desses padrões sobre o corpo das mulheres, e, por outro lado, ela mesma sofre essas imposições sobre o seu corpo, recorrendo, muitas vezes, a tratamentos estéticos ou cirurgias plásticas para se aproximar desses padrões. Isto posto, considera-se que, em geral, essas mulheres são julgadas, por diferentes grupos, tanto quando lutam, quanto quando cedem aos padrões de beleza. Como criar uma rede de apoio e acolhimento para que haja maior acolhimento e compreensão entre as mulheres independente de suas escolhas pessoais?

    Toda e qualquer rede de apoio pode e deve ser criada sempre que existir alguém motivada a mudar um cenário que não está satisfatório, assim foi com o Meninas Digitais no Cerrado. Um projeto de empoderamento feminino na computação que nasceu pela motivação de duas professoras e um professor que acreditavam que o projeto poderia ajudar muitas meninas a escolherem os cursos de computação como profissão. Este ano o projeto completa 05 anos e o grupo cresceu bastante, já somos 04 professores que coordenam as atividades juntamente com as bolsistas e colaboradoras do projeto, e sempre com muitas estudantes e servidores apoiando e participando das atividades. Fazemos parte de uma grande rede de apoio que é o Programa Meninas Digitais da Sociedade Brasileira de Computação. Este programa apoia mais de 100 projetos por todo o nosso Brasil com a mesma missão de empoderar meninas na computação. Portanto é de suma importância que procuremos fazer parte de alguma rede de apoio assim teremos ambientes de falas, reflexões e ações para que possamos trabalhar nas futuras mudanças do nosso ambiente de convívio.

    5. A partir de sua experiência, qual mensagem de motivação, força e empoderamento você poderia deixar para nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local?

    Minha mensagem de motivação para todas as mulheres que fazem parte da nossa rede acadêmica é que conheçam mais sobre os movimentos feministas, faça parte de algum grupo que defendam nossos direitos. Se onde você trabalha ou estuda não tem nenhum projeto ou grupo que discutam essa temática e você acredita ser importante, comece a se movimentar, crie um projeto ou um evento ou mesmo um grupo de estudos. O importante é aumentar a rede de apoio e ajudar ainda mais mulheres a defenderem seus direitos, assim aos poucos vamos mudando essa sociedade tão desigual.

     

     

    Entrevistada: Thalia Santos de Santana

    Descrição profissional: Professora dos cursos de Informática do Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (INF/UFG). Bacharela em Sistemas de Informação também pelo IF Goiano - Campus Ceres (2019). É uma das coordenadoras do projeto Meninas Digitais no Cerrado, e colaboradora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Tecnologia da Informação (NEPeTI).


    1. Todes aqueles que realizam uma pesquisa, ainda que superficial, sobre feminismo entenderão que se trata de um movimento de luta de mulheres que buscam a igualdade de gênero, ou seja, uma sociedade em que homens e mulheres tenham acesso aos mesmos direitos. No entanto, muitas vezes o feminismo é visto como o oposto do machismo, ou seja, um sistema de opressão das mulheres contra os homens. Para você, qual a origem dessa incompreensão em relação ao que o feminismo representa e quais são os impactos negativos que esse equívoco pode causar para os movimentos sociais?

    A mulher sempre foi vista como impura, pecadora, bruxa. Mesmo nas sociedades mais antigas, a exemplo da Grécia Antiga, as mulheres já eram tidas unicamente como propriedade, seja de seus pais ou maridos. A partir do momento em que as mulheres passaram a repensar ou questionar os motivos do domínio dos homens, que sempre condenavam suas condutas, e reivindicar direitos de fato, começam a surgir pessoas para ir contra e privar mais uma vez as mulheres. Falar de direitos frequentemente negados e buscar por eles sempre enfrentou resistência na sociedade, e assim foi estabelecido um estigma no intuito de desqualificar este tipo de luta, que corrobora para criar uma ideia errada sobre o movimento feminista. Até porque o contrário de machismo não é feminismo, mas sim “femismo”. Como impacto, é muito mais fácil acreditar na primeira forma em que o feminismo lhe é dito e apresentado, consequência de anos e anos de opressão, do que simplesmente averiguar e compreender a causa, o que demonstra que o desconhecimento também oprime.

    2. Muitas mulheres feministas se encontram em uma posição dicotômica entre a sua atuação na luta feminista e a forma como se comportam em suas relações, visto que por mais que haja um processo de desconstrução em curso, todas e todos somos frutos de uma sociedade patriarcal. Isso significa que crenças machistas ainda podem influenciar o comportamento dessas mulheres em seus diferentes tipos de relacionamento (profissional, amoroso, familiar, etc). A partir dessa reflexão, qual seria a melhor forma de evitar que esse paradoxo (ser feminista e ter pensamentos/comportamentos machistas decorrentes do contexto patriarcal em que as mulheres se inserem) se torne mais uma forma de opressão contra as mulheres?

    Que levante a mão que mulher não passou por essa dicotomia! Quando começamos por este processo de questionamento e reflexão de direitos, de entender de fato o que é o feminismo, ainda somos fruto de vários anos de uma sociedade patriarcal. E por ora, as pessoas com quem mais convivemos, como a família, em todo instante imprimem comportamentos machistas (até mesmo inconscientemente) do que “devemos” ou “não devemos” ser para viver em sociedade: “Menina, não senta assim!”, “Não fale dessa forma, nunca vai achar um marido”, e assim sucessivamente. Para que possamos reverter esta situação, uma das formas seria o acesso à educação e ao conhecimento, ler, pesquisar, informar-se, conversar com outras mulheres... E foi assim que aconteceu comigo, propiciado pelo Campus Ceres e pelas pessoas que o constituem, como um espaço aberto para discussões. Assim, podemos entender melhor essa realidade que nos permeia, as relações sociais de gênero, e daí perceber o que de fato está errado para que possamos corrigir, evitando expressões machistas em nossas atitudes pessoais, para impactar futuramente no todo.

    3. O conto da aia, de Margaret Atwood, é um romance fictício que se passa em um futuro muito próximo, na República de Gilead (que era, anteriormente, os Estados Unidos da América). Nessa república não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes, e as universidades foram extintas. O Estado é teocrático e totalitário e as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes, em uma sociedade em que elas perderam todos os seus direitos. Infelizmente, retrocessos como estes não ocorrem apenas na ficção. A história das mulheres iranianas é um exemplo disto – a partir da revolução islâmica em 1979, as suas vestimentas foram questionadas e, no início da década de 80, foi imposto um código de vestimentas obrigatório a estas mulheres. Nesse contexto, fica claro a fragilidade do direito feminino, descrito pela autora Simone de Beauvoir como uma concessão temporária. Com base no texto acima, escreva sobre a importância dos movimentos feministas para a sociedade brasileira e a manutenção dos direitos das mulheres.

    A primeira graduação de uma mulher no Brasil só ocorreu em 1887. As mulheres só adquiram direito ao voto feminino no país em 1932. Dados como esses relembram que embora hoje pareça trivial que uma mulher possa votar, trabalhar ou ter direito à bens em seu nome, a maior parte destes direitos possuem menos de 100 anos que foram conquistados. Ao mesmo tempo, todas essas conquistas são reflexo direto dos movimentos feministas, que se iniciaram em outros países e influenciaram a busca constante por igualdade de gênero, além de aproximação de demais pautas sociais de grande relevância. Nesta discussão de concessão temporária, apenas na Constituição de 1988 que juridicamente homens e mulheres foram considerados iguais. Não obstante, somente em 2006 é que a Lei Maria da Penha foi sancionada criminalizando a violência contra a mulher. É por esses e outros motivos que o poder de fala e a maior representatividade de mulheres, a exemplo dos espaços de poder, é de suma importância para mantenimento de nossos direitos, em que em condições de injustiça, ser mulher acaba sendo também um ato político.

    4. Segundo Alexandra Gurgel (conhecida pelo perfil @alexandrismos), em matéria para a Revista Trip - Uol, “quando a gente pensa na nossa sociedade, que é patriarcal, percebemos que o machismo é a raiz do problema. Os homens veem a mulher como objeto e como algo a ser possuído. A mulher tem que ser subjugada ao homem e o olhar que importa é aquele do homem sobre ela. Essa pressão existe de qualquer jeito, a pressão para ser perfeita. Há um padrão para ser seguido e quem se aproxima mais dele é mais bonito”. A partir dessa afirmação, nota-se que, de um lado, a mulher feminista luta contra a imposição desses padrões sobre o corpo das mulheres, e, por outro lado, ela mesma sofre essas imposições sobre o seu corpo, recorrendo, muitas vezes, a tratamentos estéticos ou cirurgias plásticas para se aproximar desses padrões. Isto posto, considera-se que, em geral, essas mulheres são julgadas, por diferentes grupos, tanto quando lutam, quanto quando cedem aos padrões de beleza. Como criar uma rede de apoio e acolhimento para que haja maior acolhimento e compreensão entre as mulheres independente de suas escolhas pessoais?

    Devemos começar pelas mulheres que estão a nossa volta, e como dito anteriormente, repensar nossas atitudes pessoais. Acolher o que é diferente (mas o que é diferente é de fato diferente? qual a referência adotada?) e ver a real “beleza”, que vai além de padrões estéticos – padrões esses que são socialmente construídos, em relação a corpos magros, corpos gordos, etc. Mesmo aquelas que se agarram às construções sociais do que é “definido pela sociedade” como ser mulher não conseguem atender a todos os padrões impostos pela sociedade – é necessária uma nova visão do belo. Mesmo entre nós mulheres ligadas à luta feminista é importante evitar julgar a escolha de outra mulher em relação à adesão a um padrão, mas sim estar ao lado dela para que se possa propiciar reflexão se aquilo é de fato uma escolha pessoal dela, ou, de forma inconsciente, o resultado de imposições de padrões sociais. Para mim, minha rede de apoio é e foi o projeto Meninas Digitais no Cerrado, capaz de me tornar uma pessoa melhor, mais empática e que pratica sororidade entre outras mulheres. Saber que você pode contar com outras mulheres neste processo é essencial.

    5. A partir de sua experiência, qual mensagem de motivação, força e empoderamento você poderia deixar para nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local?

    Sejam corajosas, acreditem em si mesmas e sigam sua intuição. A luta das mulheres é constante, mas resistamos e sigamos em nosso ato revolucionário: ser mulher!

     

     

    Entrevistada: Ianka Talita Bastos de Assis

    Descrição profissional: Web Design/UI Design na empresa Traço Design de Negócios

    1. Todes aqueles que realizam uma pesquisa, ainda que superficial, sobre feminismo entenderão que se trata de um movimento de luta de mulheres que buscam a igualdade de gênero, ou seja, uma sociedade em que homens e mulheres tenham acesso aos mesmos direitos. No entanto, muitas vezes o feminismo é visto como o oposto do machismo, ou seja, um sistema de opressão das mulheres contra os homens. Para você, qual a origem dessa incompreensão em relação ao que o feminismo representa e quais são os impactos negativos que esse equívoco pode causar para os movimentos sociais?

    Ao longo dos anos diversas mulheres lutam arduamente para que o movimento feminista seja respeitado, entretanto nem sempre a mensagem que queremos passar é replicada com exatidão. Em muitos casos a mídia torna-se sensacionalista distorcendo os fatos para que consigam vender mais, então o que dá lucro é dizer que: “Mulheres histéricas e seminuas estão circulando pelas ruas exigindo que os homens sejam exterminados do planeta”. Infelizmente essas ações midiáticas acarretam repulsa e aversão da sociedade para com o movimento feminista, o que gera fake news e descaso da população em permitir-se conhecer mais sobre a filosofia e ações que são verdadeiramente em prol da equidade de gênero.

    2. Muitas mulheres feministas se encontram em uma posição dicotômica entre a sua atuação na luta feminista e a forma como se comportam em suas relações, visto que por mais que haja um processo de desconstrução em curso, todas e todos somos frutos de uma sociedade patriarcal. Isso significa que crenças machistas ainda podem influenciar o comportamento dessas mulheres em seus diferentes tipos de relacionamento (profissional, amoroso, familiar, etc). A partir dessa reflexão, qual seria a melhor forma de evitar que esse paradoxo (ser feminista e ter pensamentos/comportamentos machistas decorrentes do contexto patriarcal em que as mulheres se inserem) se torne mais uma forma de opressão contra as mulheres?

    A desconstrução de estereótipos, padrões e ações é um processo lento. Trabalhamos com incertezas e por mais desconstruída, livre de pensamentos tradicionais que uma pessoa possa vir a ser, sempre teremos pensamentos machistas vez ou outra inconscientemente, isso se dá pelo simples fato de que fomos criadas em uma sociedade patriarcal que tolera as mulheres e as vê como reprodutoras e submissas. Entretanto, devemos nos policiar a tais pensamentos. Cada um, independente de gênero, raça ou classe merece respeito, empatia e amor. Entenda seu lugar no mundo, o seu lugar de fala, olhe a história e aprenda com a luta de nossas antepassadas; as lutas não foram em vão. Para que possamos evitar o paradoxo de sermos influenciáveis, devemos consumir o máximo de informação possível, avaliar se são verídicas e formar nosso próprio caráter sem tapar os olhos para as atrocidades do passado.

    3. O conto da aia, de Margaret Atwood, é um romance fictício que se passa em um futuro muito próximo, na República de Gilead (que era, anteriormente, os Estados Unidos da América). Nessa república não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes, e as universidades foram extintas. O Estado é teocrático e totalitário e as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes, em uma sociedade em que elas perderam todos os seus direitos. Infelizmente, retrocessos como estes não ocorrem apenas na ficção. A história das mulheres iranianas é um exemplo disto – a partir da revolução islâmica em 1979, as suas vestimentas foram questionadas e, no início da década de 80, foi imposto um código de vestimentas obrigatório a estas mulheres. Nesse contexto, fica claro a fragilidade do direito feminino, descrito pela autora Simone de Beauvoir como uma concessão temporária. Com base no texto acima, escreva sobre a importância dos movimentos feministas para a sociedade brasileira e a manutenção dos direitos das mulheres.

    Apesar das inúmeras lutas e conquistas das mulheres nos últimos tempos, é alarmante a situação em que o Brasil se encontra em relação a violência, objetificação, feminicídio e inferiorização da mulher. Infelizmente ainda vivemos em um país patriarcal e extremamente machista, onde os direitos das mulheres são desprezados e mortes e mais mortes são arquivadas e esquecidas. A luta pela equidade de gênero é um marco histórico em todo mundo, entretanto, motivo para chacota pela sociedade. Os movimentos feministas enfatizam o direito ao mínimo em que uma mulher deveria receber: saúde, apoio, respeito, salários compatíveis com suas funções e não com o seu gênero. Mesmo que ainda hoje tenham projetos de leis esdrúxulas como o Projeto de Lei nº 5096/2013 de autoria de Eduardo Cunha, que visa dificultar mais ainda o acesso ao aborto seguro em casos de estupro, há também conquistas memoráveis. Entretanto, sem o movimento feminista e a luta de todas as mulheres, nada que conquistamos até hoje seria possível. Por mais que tenhamos conquistado ⅓ dos nossos direitos, muitas ações, projetos políticos, movimentos sociais ainda precisam ser reajustados para que o respeito e a equidade paire entre a sociedade e que todos tenham os mesmo direitos e reconhecimento.

    4. Segundo Alexandra Gurgel (conhecida pelo perfil @alexandrismos), em matéria para a Revista Trip - Uol, “quando a gente pensa na nossa sociedade, que é patriarcal, percebemos que o machismo é a raiz do problema. Os homens veem a mulher como objeto e como algo a ser possuído. A mulher tem que ser subjugada ao homem e o olhar que importa é aquele do homem sobre ela. Essa pressão existe de qualquer jeito, a pressão para ser perfeita. Há um padrão para ser seguido e quem se aproxima mais dele é mais bonito”. A partir dessa afirmação, nota-se que, de um lado, a mulher feminista luta contra a imposição desses padrões sobre o corpo das mulheres, e, por outro lado, ela mesma sofre essas imposições sobre o seu corpo, recorrendo, muitas vezes, a tratamentos estéticos ou cirurgias plásticas para se aproximar desses padrões. Isto posto, considera-se que, em geral, essas mulheres são julgadas, por diferentes grupos, tanto quando lutam, quanto quando cedem aos padrões de beleza. Como criar uma rede de apoio e acolhimento para que haja maior acolhimento e compreensão entre as mulheres independente de suas escolhas pessoais?

    A corrida pela padronização da beleza é algo doloroso, não somente físico, mas também psicológico. A busca incessante pela perfeição, pelo corpo perfeito, pelos padrões estéticos desejados, varia de geração para geração. Contudo, em pelo século XXI o que mais se vê são mulheres lindas atordoadas com pequenas imperfeições em seus corpos. As redes sociais, por mais benéficas que sejam em sua maioria, muitas vezes são um ambiente tóxico e deprimente. Com a pandemia pôde-se acompanhar nos jornais a alta procura por procedimentos estéticos devido à utilização exagerada de filtros em apps como Instagram, Snapchat, TikTok, entre outros. Com isso, presencia-se também movimentos feministas virtuais que cresceram descomunalmente como a hastag body positive sendo enfatizada pela brilhante Alexandra Gurgel. Uma das redes de apoio criada pela influencer é o perfil @movimentocorpolivre, no Instagram, que atualmente conta com mais de 400 mil pessoas. Não é necessário muito para criar uma rede de apoio, tudo que precisamos é de respeito, compreensão, entender seu lugar de fala, apoiar, incentivar e motivar pessoas.

    5. A partir de sua experiência, qual mensagem de motivação, força e empoderamento você poderia deixar para nossas estudantes, servidoras e mulheres da comunidade local?

    Entendo sua dor, entendo as dificuldades em que muitas mulheres vivem todos os dias e o que passamos em nossos lares, ambientes de trabalho, relacionamentos, ao andar na rua, ao respirar, ao existir. Entendo que exista dentro de si uma vontade enorme de desistir, até porque seria mais fácil, não teríamos que nos preocupar com o amanhã. Mas sabemos também a força que temos dentro de nossos corações. Então, antes de pensar em jogar tudo para o ar, levante-se, pegue um copo d’água, respire fundo e erga a cabeça, pois mesmo achando que não, sempre vai existir uma pessoa que se inspira em você todos os dias. Você não está só, entenda isto! Existe a sua volta uma rede de mulheres fantásticas com caminhões repletos de amor e compreensão para lhe abraçar, apoiar e incentivar sempre que possível. Caso você não tenha esse amparo, existem hoje projetos fabulosos onde você pode trilhar o seu caminho e encontrar uma rede de apoio incrível – foi o que eu fiz. Participo do projeto Meninas Digitais no Cerrado e fico imensamente feliz em poder contribuir para o acolhimento e ensino de outras mulheres que, assim como eu, visam um mundo melhor, com mais respeito, oportunidades e empatia.

     

     

    Equipe do Boletim IF em Movimento

  • IFSULDEMINAS lança edital do programa Empreendedor Nacional

    IF Goiano selecionará até sete projetos para participar do programa em seleção interna

  • III Integra IF Goiano: aberto período para proposição de minicursos e oficinas

    Interessados em submeter propostas devem submeter proposta até 17 de outubro

  • Inscrições abertas para a etapa local do eJIFs 2021

    Podem participar estudantes de todos os cursos do Campus Ceres. Competição terá xadrez, LoL e Free Fire

  • Inscrições abertas para transferência de cursos superiores

    Processo Seletivo também aceita reingresso e ingresso de portador de diploma. Podem participar estudantes de quaisquer faculdades ou universidades brasileiras

  • Inscrições deferidas - Edital para Formação de Professores e Práticas Educativas

    Seleção ocorre nos polos Ipameri e Ceres.

  • Inscrições para cursos técnicos são prorrogadas

    Interessados poderão se inscrever até 04 de fevereiro. A seleção será feita sem prova, por meio de análise do histórico escolar, que deve ser enviado durante a inscrição

  • Inscrições para projetos de Ensino começam em 21 de junho

    Podem submeter e coordenar projetos os servidores do quadro efetivo da unidade. A equipe de cada projeto poderá conter até 3 estudantes, além de colaboradores

  • Inscrições prorrogadas para mestrados e doutorado do IF Goiano

    Instituto disponibiliza 143 vagas para diversas áreas e unidades. Em Ceres a oferta é para o mestrado profissional em Irrigação no Cerrado

  • Instruções para o ESTÁGIO dos cursos de bacharelado e técnicos

    CONSIDERAÇÕES INICIAIS DO ESTÁGIO

    Antes de preencher os documentos de estágio, é necessário que o estudante leia as instruções que estão em conformidade com o Regulamento dos Cursos, Projeto Pedagógico do Curso e Regulamento de Estágio.

    • Toda documentação relativa ao início de estágio deverá ser protocolada no setor de estágio antes do aluno iniciar suas atividades de estágio.
    • A ausência do Termo de Compromisso de Compromisso de Estágio caracterizará vínculo empregatício perante o MPT – Ministério Público de Trabalho e sujeitará a parte concedente as sanções previstas na Lei.
    • Em hipótese alguma aceitaremos documentos sem as devidas assinaturas.
    • No caso de qualquer alteração do Termo de Compromisso de Estágio durante o período de estágio, o aluno deverá informar o setor de estágio através do Termo aditivo.
    • Caso o aluno não se interesse em continuar com o estágio, ele deverá procurar o setor para receber orientação quanto ao procedimento de desligamento da empresa.
    • Após solicitado a intenção de realizar o estágio e entregar a documentação adequada o Núcleo de Estágio possui 07 dias úteis para realizar os cadastros/documentos necessários para o início das atividades.
    • O Prazo para entrega dos documentos da conclusão do estágio será no máximo 45 dias após a data de finalização do estágio.
    • O aluno deverá procurar o orientador antes, durante e após concluir o estágio, visando a elaboração, avaliação do relatório e construção da pasta de estágio via Suap.
    • As dúvidas referentes a parte legal do estágio poderão ser sanadas no regulamento.
    • Dúvidas que surgirem antes, durante e após o estágio poderão ser sanadas, também, pelo núcleo de estágio pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
    • Os estudantes devem estar atentos ao total de horas de estágio necessárias para conclusão das atividades, este valor deve ser consultado no PPC de cada curso.

     

    DOCUMENTOS NORTEADORES DO ESTÁGIO:

     

    INICIANDO O ESTÁGIO

    • Preencher os endereços bit.ly/estagio_bacharelado, para estudantes dos cursos de bacharelado, ou bit.ly/estagio_agropecuaria, para estudantes dos cursos técnicos.
    • Preencher o documento Informações para Termo de compromisso de estágio (arquivo editável) e enviar em arquivo editável, sem assinaturas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
    • Enviar o Plano de Trabalho (arquivo editável), em formato PDF, devidamente preenchido e assinado, para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
    • Em caso de estágio externo ao IF Goiano o estudante deverá verificar se os nomes do supervisor e do responsável pela instituição concedente estão nesta lista. Caso não estejam, os prestadores externos deverão preencher o Termo de Responsabilidade para Uso do Suap (arquivo editável), assinar e enviar para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

     

    DURANTE E FINALIZANDO O ESTÁGIO

     

    MARCANDO A APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO(para cursos que exigem apresentação de banca)

    O estudante e o orientador são responsáveis por organizar a defesa e informar o Núcleo de Estágio, com antecedência, as informações necessárias através do endereço bit.ly/estagio_banca.

     

    MONTANDO A PASTA DE ESTÁGIO NO SUAP

    Quase todos os documentos serão elaborados pelos estudantes e encaminhados ao orientador. O orientador cria um documento (formulário) no Suap, utiliza o recurso “copiar e colar” do documento entregue pelo estudante e depois requisita as assinaturas necessárias.

    O orientador deve criar o processo no Suap e anexar os documentos na ordem seguinte:

    Após inserir todos os documentos, o orientador envia o processo ao Núcleo de Estágio (UE-CE). A responsável pelo Núcleo de Estágio faz a conferência dos documentos e emite uma declaração de que o estudante concluiu com êxito e de que o professor(a) orientou o(a) estudante durante o período de XX/XX a YY/YY e envia a ambos.

     

    SOLICITANDO ALTERAÇÃO NO TERMO DE COMPROMISSO E/OU ALTERÇÃO DE SUPERVISOR

    Preencher o Termo aditivo (termo de compromisso de estágio) (arquivo editável) e enviar em arquivo editável, sem assinaturas, para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Quando pronto, o documento deve ser anexado ao processo.

     

    SOLICITANDO A MUDANÇA DE ORIENTADOR

    Enviar a Declaração de mudança de orientador (arquivo editável) em formato PDF, devidamente preenchido e assinado, para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Quando pronto, o documento deve ser anexado ao processo.

     

    SOBRE O SEGURO

    Seguro contra acidentes pessoais é obrigatório conforme a Lei nº 11788/2008. Os acadêmicos do IF Goiano - Campus Ceres estão amparados por seguro contra acidentes pessoais. Os dados da seguradora devem constar no Termo de Compromisso de Estágio conforme dados: Seguradora Gente Seguradora AS e Apólice 1463.

     

     

    Núcleo de Estágio/ Gerência de Extensão

  • Instruções para o ESTÁGIO dos cursos de licenciatura

    CONSIDERAÇÕES INICIAIS DO ESTÁGIO

    Antes de preencher os documentos de estágio, é necessário que o estudante leia as instruções que estão em conformidade com o Regulamento dos Cursos, Projeto Pedagógico do Curso e Regulamento de Estágio.

    • Antes do início do estágio o estudante deve procurar sua coordenação de estágio e/ ou a coordenação de curso, bem como ler a Cartilha de Estágio, para orientações.
    • Toda documentação relativa ao início de estágio deverá ser enviada ao Núcleo de Estágio, dentro do limite de prazo determinado no Calendário Acadêmico vigente e, preferencialmente, antes do estudante iniciar suas atividades de estágio.
    • A ausência do Termo de Compromisso de Estágio caracterizará vínculo empregatício perante o MPT – Ministério Público de Trabalho e sujeitará a parte concedente as sanções previstas na Lei, portanto NÃO pode ser caracterizado como atividade de estágio.
    • Em hipótese alguma aceitaremos documentos sem as devidas assinaturas.
    • No caso de qualquer alteração do Termo de Compromisso de Estágio durante o período de estágio, o estudante deverá informar o setor de estágio por meio do do Termo Aditivo.
    • Após manifestada a intenção de realizar o estágio e havendo sido entregue a documentação adequada, o Núcleo de Estágio terá 7 dias úteis para realizar os cadastros e preparar os documentos necessários para o início das atividades.
    • O prazo para entrega dos documentos da conclusão do estágio seguirá o definido no Calendário Acadêmico vigente.
    • O estudante deverá procurar o orientador antes, durante e após concluir o estágio, visando a elaboração, avaliação do relatório e constituição do processo de estágio, no Suap.
    • Dúvidas que surgirem quanto ao processo poderão ser sanadas, também, pelo núcleo de estágio pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
    • Os estudantes devem estar atentos ao total de horas de estágio necessárias para conclusão das atividades, estando este valor disponibilizado no PPC de cada curso.

     

    DOCUMENTOS NORTEADORES DO ESTÁGIO:

     

    INICIANDO O ESTÁGIO

    • Preencher o endereço bit.ly/estagio_licenciatura.
    • Preencher o documento Carta de Apresentação (arquivo editável) e enviar em arquivo editável para a coordenação de estágio.
    • Em caso de estágio externo ao IF Goiano, o estudante deverá verificar, junto ao Núcleo de Estágio (via e-mail), se os prestadores externos estão cadastrados no sistema Suap. Caso não estejam, os prestadores externos deverão preencher o Termo de responsabilidade para uso do Suap (arquivo editável), assiná-lo e enviá-lo para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
    • Para os prestadores externos realizarem a assinaturas necessárias via Suap é preciso acessar o tutorial explicativo pelo endereço https://youtu.be/wtWzKp9CvOk.

     

    MONTANDO O PROCESSO DE ESTÁGIO NO SUAP

    A criação da pasta se inicia com a Carta de Apresentação do estudante, e é feita pela coordenação de estágio. Uma vez criada, os demais documentos deverão ser adicionados logo em seguida pelo orientador responsável. Os documentos elaborados pelo estudante deverão ser encaminhados ao orientador, que por sua vez fará a inserção deles no Suap, bem como requerer as assinaturas necessárias. Os documentos deverão estar na seguinte ordem:

    • Termo de Compromisso de Estágio e Plano de Trabalho: após ser preenchido pelo estudante, este documento deve ser enviado ao Núcleo de Estágio do Campus Ceres, em formato editável, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O responsável pelo Núcleo de Estágio irá finalizar o termo, assiná-lo e solicitar as assinaturas necessárias (estudante, diretor-geral, responsável pela IES, supervisor de ensino e orientador).
    • Lista de Atividades Diárias do Estágio Curricular Supervisionado e Avaliação do Supervisor - Observação ou Lista de Atividades Diárias do Estágio Curricular Supervisionado e Avaliação do Supervisor - Semi-regência e Regência: o estudante deverá preencher a Lista de Atividades Diárias e, então, o supervisor responsável fará a avaliação. O orientador, de posse deste documento, criará sua versão no Suap, irá assiná-la e requerer a assinatura do supervisor e do estagiário.
    • Relatório de Estágio: o estudante preencherá este formulário e o enviará ao orientador, que criará a versão do documento no Suap, irá assiná-la e requerer a assinatura do estagiário. A depender do estágio em execução, será necessário anexar o Projeto de Intervenção Investigativa e/ ou os Planos de Aula no relatório.
    • Avaliação pelo Orientador (Ciências Biológicas) ou Avaliação pelo Orientador (Química): o orientador deverá preencher o documento compatível com sua modalidade de atuação ou com o curso do estudante, inserir o arquivo no Suap e assiná-lo. (Exclusivamente para a matriz antiga do curso de Ciências Biológicas, usar este modelo.)
    • Após a inserção de todos os documentos no processo on-line, o orientador deverá enviá-lo ao Núcleo de Estágio (UE-CE). O servidor responsável pelo Núcleo de Estágio fará a conferência dos documentos e o lançamento deles no Suap, finalizando o processo em seguida.

     

    SOLICITANDO ALTERAÇÃO NO TERMO DE COMPROMISSO E/ OU ALTERÇÃO DE SUPERVISOR

    O estudante deverá preencher o Termo Aditivo (ao Termo de Compromisso de Estágio) e enviá-lo em arquivo editável, sem assinaturas, para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Quando pronto, o documento será anexado ao processo.

     

    SOLICITANDO A MUDANÇA DE ORIENTADOR

    Deve-se enviar a Declaração de mudança de orientador, devidamente preenchido, para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Quando pronto, o documento deve ser anexado ao processo. A depender do caso, tal alteração poderá exigir o refazimento do Plano de trabalho.

     

    SOBRE O SEGURO

    O seguro contra acidentes pessoais é obrigatório conforme a Lei nº 11.788/2008. Os acadêmicos do Campus Ceres estão amparados por seguro contra acidentes pessoais. Até 31 de dezembro de 2023 o Campus Ceres possui contrato com a Seguradora Sura S/A - CNPJ 33.065.699/0001-2br possuindo cada estudante uma apólice individual que pode ser acessada neste endereço. Para localizar seu nome, utilize uma ferramenta de busca do próprio leitor de PDF em uso.

    Observação: este passo só será necessário nos casos de empresas que exigem apólices individuais, pois os dados da seguradora já constam no Termo de Compromisso.

     

     

    Núcleo de Estágio/ Gerência de Extensão

  • IV Dia do Químico comemora os 10 anos do curso

    Em evento realizado entre 16 e 18 de junho, professores, estudantes e egressos celebraram a 1ª década de vida da Licenciatura em Química do Campus Ceres

  • Jovens da 3ª idade: uma experiência de educação ambiental no Campus Ceres

    Projeto de extensão realizado em parceria com o projeto Conviver, de inclusão de pessoas idosas de Ceres, prima pelo convívio entre gerações num contexto de educação ambiental

  • Lançado edital para Residência Agrícola

    Seleção se destina a concluintes e recém-egressos de cursos técnicos e de graduação de Agropecuária, Agronomia e Zootecnia. Bolsa mensal chega a R$ 1.200

  • Licenciaturas são foco de discussões a partir de quarta-feira, 9

    4ª edição do Elped tem extensa programação e traz teóricos de vários países para tratar da formação de professores e didática em tempos de pandemia

  • Livro organizado por professoras do Campus Ceres discute o ensino de línguas no Ensino Médio

    Obra publicada em 2020 tem contribuições de docentes do IF Goiano e de outras quatro instituições

  • Meninas Digitais no Cerrado completa 05 anos de existência

    Iniciativa que se originou como projeto de extensão coleciona feitos em todos os eixos institucionais, e principalmente como transformador da autoestima de meninas e mulheres envolvidas na Tecnologia da Informação

  • Mestrado em Irrigação no Cerrado é contemplado em edital da Fapeg

    A chamada pública visa o custeio de equipamentos e estrutura e é feita em parceria com a Capes. Valor destinado será de R$ 60 mil

  • Mestrado ProfEPT realiza aula inaugural de sua 1ª turma em Ceres

    Aula foi ministrada virtualmente pelo professor Gaudêncio Frigotto, pesquisador de renome na Educação Profissional e Tecnológica

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