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EXTENSÃO

Projeto Tessituras: ressocialização através da leitura

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Publicado: Quarta, 20 de Março de 2024, 17h17 | Última atualização em Quarta, 27 de Março de 2024, 09h50

Iniciativa oferece oficinas para a população carcerária visando transformação social por meio da leitura e prevenção da reincidência criminal.

Professora Leonice de Andrade durante atividade na Unidade Prisional de Pires do Rio
Professora Leonice de Andrade durante atividade na Unidade Prisional de Pires do Rio

Com o objetivo de extrapolar as fronteiras do IF Goiano e cumprir o papel social da instituição, promovendo desenvolvimento intelectual e humanização por meio da leitura é que foi pensado o Projeto Tessituras - tecendo a vida, narrativas e livros: a materialização da leitura e do corpo do cárcere, idealizado no Campus Urutaí pelos professores Leonice de Andrade e Fernando Rocha e a pedagoga Mônica Canuto. A proposta inicial era de levar oficinas de leitura para a população carcerária a fim de resgatar a dimensão do ser humano em todos os âmbitos, além de dar o suporte para uma futura ressocialização efetiva, objetivando prevenir o crime e orientando o retorno à convivência em sociedade.

A primeira experiência foi executada na Unidade Prisional de Pires do Rio, cidade próxima ao Campus Urutaí, com 20 reeducandos. Segundo a professora Leonice, foram selecionados os presos que fazem parte do chamado "módulo respeito", que são aqueles que normalmente foram condenados a penas de menor tempo, ou aqueles que trabalham no presídio e/ou já fazem parte de outros projetos, e os que, em breve, estarão de volta ao convívio social.

Leonice explica que são escolhidos livros e textos dos clássicos da literatura que levantam reflexões sobre trabalho, honestidade, vida em sociedade, entre outros. Os professores que fazem parte do projeto de Extensão realizam a leitura com os reeducandos, analisam o material apresentado e também ajudam na produção de materiais. "A impressão que tenho é que eles estão, a medida que leem, se envolvendo com a leitura e a interpretação, com a escrita e com as reflexões trazidas pelos textos propostos. Nosso intuito é redimensionar nossas práticas pedagógicas visando transformação social", destaca a professora.

Para H.S., reeducando da Unidade Prisional de Pires do Rio e participante do projeto, essas atividades são sinônimo de esperança. Ele conta que nunca teve ajuda de ninguém e vem levando, há anos, uma vida marcada pela invisibilidade. Ele agradece o trabalho dos professores do IF Goiano que conseguem despertar nele coisas boas e possibilidade de enxergar um futuro melhor lá na frente.

O projeto tem a parceria do Ministério Público e o promotor de Justiça Fabrício Roriz Hipólito, titular da 2ª Promotoria de Pires do Rio, acompanha o andamento das atividades. Leonice destaca também o apoio do policial penal Jerry William, diretor do presídio de Pires do Rio e sua equipe. Segundo ele, essa atividade tem rendido resultados na geração de oportunidade aos reeducandos, de forma a oferecer condições além dos limites do cárcere, vislumbrando uma ressocialização por meio do ensino e da aproximação entre o sistema de Justiça e a sociedade civil.

O presídio feminino de Orizona também irá receber o Projeto Tessituras. “A previsão é que iniciemos em Orizona em maio deste ano e queremos realizar, também, a segunda etapa do projeto em Pires do Rio. Inclusive, estamos negociando com o Ministério Público recursos para a compra de mais livros. Importante também lembrar que temos alunos bolsistas que são monitores do projeto de Extensão. Percebemos que o projeto é importante e impacta vidas, não só dos reeducandos, como também de todos os envolvidos no processo", finaliza Leonice.


Diretoria de Comunicação Social







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