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Palestra encenada inaugura apresentações na Casa de Cultura NAIF

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Publicado: Quinta, 06 de Junho de 2019, 12h23 | Última atualização em Segunda, 10 de Junho de 2019, 13h39 | Acessos: 894

I Ato Hamlet foi a primeira apresentação cultural ocorrida na Casa de Cultura. Desde sua inauguração, o espaço tem sido usado para ensaios de músicas, teatro e dança, além de oficinas de artes e cultura.

Luciano Caldas, produtor, diretor e ator da peça intitulada “1º Ato Hamlet” começou explicando a ausência de cenários. Segundo ele, no teatro elizabetano, tradicionalmente associado à figura de William Shakespeare, o enfoque é dado na palavra “o teatro é utilizado como ferramenta de comunicação”, disse.

Enquanto o público se ajeitava nas cadeiras e em almofadas espalhadas pelo chão, o ator dava o tom intimista à apresentação. Bem próximo à plateia, Luciano convida a todos a se sentirem no ambiente dinamarquês, onde desenrola a história que irá contar.

 

Começa a falar de Horácio - amigo do príncipe Hamlet - um homem dotado de perspicácia e senso crítico, que é convencido pelos sentinelas do castelo de que estes viram o fantasma do rei Hamlet, morto de forma misteriosa. A partir de então começa a fazer questionamentos. Segundo Luciano, metaforicamente, Horácio representa o público e o fantasma, o portador de uma notícia que provoca divisões e intolerância, devido sua dificuldade de comprovação. “Em uma alusão aos dias atuais, podemos chamá-la de “fake news” que resultam nessa polaridade política que vivemos”.

A história prossegue com a chegada do príncipe Hamlet, que estava na Alemanha. Pesaroso com a morte do pai, Hamlet é convencido por Horácio, de que também já teria visto o fantasma e que o príncipe também poderia vê-lo.

Em sua aparição, o fantasma revela a Hamlet que sua morte fora provocada por Claudio, seu irmão (tio do príncipe Hamlet), que o envenenou com a ajuda de sua mãe. O fantasma do pai pede vingança. Mesmo diante da dúvida sobre a veracidade da história do espectro, o príncipe concorda em fazer vingança, mas, para não levantar suspeitas, finge-se de louco.

O ator dá uma pausa na história para falar sobre o personagem Hamlet, que em sua concepção, representa as pessoas inteligentes, dotadas de controle emocional. Sobre a obra de Shakespeare, ressalta sua universalidade, “Hamlet muda a cada tempo. Às vezes é romântica, às vezes é política”, explica, lembrando que Hamlet é o segundo livro mais lido no mundo, perdendo apenas para a Bíblia.

Luciano também destaca o catolicismo muito presente na obra. "Situações envolvendo inferno, suicídio e castigo estão sempre presentes nos diálogos", completa. O ator alerta para a importância de ler a obra nas entrelinhas. “Tudo o que está em Hamlet não está nas palavras, mas entre as palavras”, pontua. Por fim, o artista recomenda a leitura da obra para saber como a história termina.

 

Setor de Comunicação Social e Eventos

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