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Ciência não se faz com qualquer dinheiro

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Publicado: Quarta, 12 de Outubro de 2022, 19h09 | Última atualização em Quarta, 02 de Novembro de 2022, 16h42 | Acessos: 341

Em visita ao Campus Ceres, o presidente da Fapeg falou sobre as expectativas e ações da Fundação para o desenvolvimento do estado, além de apresentar áreas estratégicas para o fomento

Por Tiago Gebrim
Fotos: Tiago Gebrim

 

Como queremos Goiás em 10 anos? Quais são os direcionamentos que devem ser adotados para alavancar o desenvolvimento científico e, consequentemente, social, do estado? Essas perguntas, entre outras provocações, foram feitas pelo presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Robson Vieira, durante visita no Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), no fim do mês de setembro.

Convidado pela direção-geral da unidade, o dirigente cumpriu uma agenda apertada, visitando laboratórios, áreas experimentais e conhecendo as instalações do Campus Ceres, todas vinculadas à educação multinível e à pesquisa aplicada promovidas pela Instituição. Um dos destaques apontados por ele foi o prédio inteiramente dedicado a pesquisa dos cursos de pós-graduação, algo raro entre as IES goianas.

Pesquisa científica e inovação em Goiás – Além de conferir de perto as potencialidades do Campus Ceres para contribuir com o desenvolvimento goiano, Vieira ministrou uma palestra direcionada aos estudantes do Campus Ceres, especialmente aos vinculados a Iniciação Científica e projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação. A exposição foi intitulada Desafios e oportunidades de pesquisa científica e inovação no estado de Goiás

Em sua fala, o presidente da Fapeg apresentou os direcionadores que atualmente orientam os projetos de fomento da Fundação – entre eles, a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas que apresenta 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, e as metas apontadas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), realizada em 2021.

 

 

Apontando as tendências tecnológicas, Robson trouxe a Internet das Coisas (em inglês, IoT – Internet of Things) e a Inteligência Artificial, ambas com imenso potencial para o estado de Goiás e o Brasil como um todo, não somente no meio urbano, mas também na produção agrícola. Não sem razão, nosso estado foi piloto na aplicação das rede 5G, justamente pela sua aplicabilidade no agronegócio.

Outros interesses são as pesquisas sobre a região amazônica e água, em nível nacional, e sobre o Cerrado, em Goiás, são importantes temas que serão abarcados não somente pela Fapeg, mas também por outras agências de fomento, prevê Vieira. “Vai haver várias chamadas [para a região amazônica], e os pesquisadores goianos podem participar, por exemplo, em expedições para mapeamento e catalogação das espécies amazônicas, que depois poderemos aplicar aqui no Cerrado”, explica Vieira. “Para nos é uma oportunidade de ganhar experiência ao mesmo tempo em que contribuímos”, afirma.

Sobre o Cerrado, o dirigente focou na preservação e exploração sustentável. “Estudo da Fapesp mostrou que tivemos aumento da temperatura [2,2⁰ a 4⁰ C] nos últimos 60 anos, e uma alteração de mais de 45% na vegetação original. Então, nossa preocupação é na preservação, no sentido da biodiversidade”. Sobre a exploração, Vieira mostrou sua preocupação com o avanço de entidades e empresas estrangeiras: “Nós, goianos, e pesquisadores em rede – mineiros, paulistas, etc. – precisamos explorar e extrair o máximo de informação, pensando em temas como saúde, alimentação, entre outros, de forma que não percamos essas informações para outros países. Precisamos ser protagonistas”, explicou.

Ciência não é com qualquer dinheiro – Ainda em sua apresentação, Robson Vieira explicitou as estratégias da Fapeg para cumprir as metas de alavancar a produção científica e o desenvolvimento tecnológico do estado. Mas, de antemão, foi categórico: “Ciência é cara mesmo. Se você quer que seu estado se desenvolva, é preciso investir o dinheiro. Não podemos vender a ideia de que ciência é algo que com qualquer dinheiro você faz”. Justamente por isso, a Fapeg tem direcionado seus recursos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do estado, bem como estabeleceu maior rigor para aprovação dos projetos, o que Vieira definiu como “mudança cultural” quanto à qualidade dos projetos submetidos.

Além dessas, outras ações da Fapeg têm sido a consistência no fomento, garantindo continuidade de recursos aos pesquisadores, retenção de talentos no estado e regionalização dos recursos, para que a pesquisa seja descentralizada e não fique somente na capital e tenhamos fortalecimento do interior. Ainda, a aproximação entre governo e pesquisadores, para que os resultados das pesquisas sejam implementados efetivamente, e uma gestão baseada em dados e indicadores para avaliar a efetividade das políticas e recursos alocados.

 

 

 

COMUNICAÇÃO SOCIAL Campus Ceres

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