Campus Ceres formaliza projeto para produção cafeeira no Vale de São Patrício

Por Tiago Gebrim
Fotos: Adriel Pereira; Tiago Gebrim

 

 

Nesta quinta-feira, 27 de abril, o Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e a Prefeitura de Ceres deram o pontapé em um projeto para promover a produção cafeeira na região do Vale de São Patrício. A formalização ocorreu durante o II Dia de Campo de Cultivo de Café Arábica, evento que é um desdobramento da pesquisa que vem sendo realizada há oito anos com 1.500 pés de café na Instituição. O momento foi de aprendizado, trazendo aos participantes conteúdos sobre os êxitos e aprendizados observados até então, além de reunir produtores, empresários e instituições de fomento.

O diretor-geral do Campus Ceres, Cleiton Mateus, comemorou o êxito obtido com a pesquisa: “hoje o Campus Ceres pode apresentar [aos nossos produtores] no mínimo oito cultivares de café arábica com alto potencial produtivo aqui nas nossas condições de solo e clima”. Ele agradeceu a participação dos estudantes e entidades de pesquisa e fomento ao longo do desenvolvimento do estudo, como a Embrapa, Fapeg e CNPq, que financiaram parte do projeto, e os diversos estudantes, de cursos técnicos, graduações e do mestrado em Irrigação no Cerrado, que atuaram desde 2014 na iniciativa.

 

Autoridades de diversos segmentos e entidades, além de convidados especiais, estiveram presentes para o lançamento do projeto

 

Diversas instituições relacionadas à produção agrícola estiveram presentes, a exemplo de bancos financiadores de projetos rurais, como Sicredi e Banco do Brasil, empresas de beneficiamento e comercialização de café da região, como o Café Franciscano, e representantes da Agrodefesa e agências regionais da Emater de Goiás. Entre os produtores presentes, Cleiton destacou haver visitantes “de Niquelândia a Cezarina”.

Para o prefeito de Ceres, Edmario Barbosa, o momento é de oportunidade. “Eu sei que ali em Rialma tem O Córrego do Café, em Goianésia tem Cafelândia... tudo isso devido ao passado que tem na nossa região. Com a tecnologia, com a pesquisa, com certeza o Instituto Federal e seus profissionais vão dar condições para que nossa cidade e região possam ter produtores nessa área. Água nós temos, muita, terra fértil, também”, afirmou, com entusiasmo.

 

Um dos palestrantes do Dia de Campo, João Batista Pavesi, do Instituto Federal do Espírito Santo, falou sobre produção de cafés especiais

 

O pesquisador Wellington Pereira (à esq.), da Embrapa, foi homenageado no evento. Ele foi um dos principais responsáveis pela pesquisa de cultivares de café arábica, estando no Campus desde o início do estudo

 

Cinco mil mudas – A primeira fase do projeto foi anunciada pelo secretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Ceres, Dyb Bittar. O secretário, que também é egresso do mestrado em Irrigação no Cerrado, acompanhou de perto várias fases da pesquisa com os pés de café. Serão 5.000 mudas disponibilizadas pelo Campus Ceres, que além desse material genético também se responsabilizará pela assistência técnica aos produtores. Esta será prestada pelos próprios acadêmicos da unidade, por meio da AgrePec, empresa júnior vinculada ao Instituto.

Já a Prefeitura de Ceres, além do cadastramento dos produtores, atuará com o preparo do solo, viabilizando o maquinário necessário. Para os produtores ficará reservado o plantio em si, além da irrigação e da manutenção da área. Cleiton Mateus está confiante: “É possível produzir café na nossa região, vocês verão. Nossos avós comentam que a região já produziu muito café. É o momento de resgatarmos isso”.

 

 

 

COMUNICAÇÃO SOCIAL Campus Ceres