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Projeto visa a produção e divulgação de conhecimento por meio da integração

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Publicado: Sexta, 11 de Março de 2022, 11h13 | Última atualização em Sexta, 11 de Março de 2022, 14h48 | Acessos: 364

Atuando na área de Conservação de Agroecossistemas e Ecotoxicologia, grupo de docentes e estudantes promovem ações de ensino, pesquisa e extensão. Atividades são desenvolvidas pelos Campi Campos Belos e Rio Verde.

A jornada acadêmica de uma pessoa pode ser influenciada de diferentes formas, corroborando para os rumos que ela irá seguir dentro da universidade e no mundo do trabalho. Ao olharmos para este leque de caminhos, encontramos histórias que exemplificam a importância da ciência e de ações coletivas, que propõem a troca de experiências e a produção de conhecimento, capazes de atingir discentes de diferentes níveis de ensino. O Grupo de Conservação de Agroecossistemas e Ecotoxicologia (CAE), criado em março de 2017 pelo professor Althiéris Saraiva, no IF Goiano - Campus Campos Belos, é um exemplo deste fenômeno.

O CAE é a concretização de uma vontade do docente, despertada enquanto cursava seu mestrado. Destina-se a formar recursos humanos por meio de projetos de ensino, pesquisa e extensão, integrando diferentes níveis de ensino no desenvolvimento de suas ações. Essas, por sua vez, são voltadas tanto para a comunidade interna, como a externa. “Vejo o CAE como um espaço de formação, produção e de divulgação de informações”, explica o idealizador do projeto. “Pelo que busco fazer e instigar meus orientandos a fazerem, não somente aquilo que aprendi no meu processo de formação, mas, principalmente, aquilo que gostaria de ter aprendido com meus orientadores", completa.

No IF Goiano Campus Campos Belos, o foco é nos alunos de ensino médio e graduação, com projetos de ensino, pesquisa e extensão. Um exemplo, é o projeto de extensão “MAIS AGRO menos tóxico”, com três edições concluídas (2017, 2018 e 2019) e com a 4ª em andamento, envolvendo alunos do Curso Técnico em Agropecuária. A ação tem como objetivo a conscientização e a capacitação de produtores rurais do município de Campos Belos, introduzindo-os em questões pertinentes ao uso de agrotóxicos, como métodos de descarte de embalagens de defensivos agrícolas, os seus impactos em ecossistemas aquáticos e terrestres, saúde humana e entre outros.

Desde 2019, o grupo atua em Rio Verde por meio do Programa de Pós-graduação em Agroquímica (PPGAq), explorando a produção científica com pesquisas que estudam a toxicidade de agrotóxicos sobre organismos não-alvo terrestres (abelhas nativas) e aquáticos (planárias de água doce). Esses estudos visam estipular a partir de dados científicos concentrações seguras e não-seguras de determinados defensivos agrícolas, compreendendo os impactos causados em organismos não-alvo e os prejuízos ambientais.

 

 

A discente do PPGAq, Aline Arantes, é a atual representante do grupo no campus rio-verdense e qualificou a sua dissertação de mestrado em fevereiro deste ano, com o tema: “Toxicidade de inseticida à base de Imidacloprido sobre organismos não alvo terrestre e aquático: estudo de caso com abelhas nativas sem ferrão e planárias de água doce”. Ela será a segunda pesquisadora do grupo a realizar uma defesa, sucedendo a discente Eloisa Borges Reis, a primeira a defender um trabalho de mestrado desenvolvido pelo o CAE. A terceira será a aluna Caroline Loureiro.

Ao representar o grupo em Rio Verde, Aline falou sobre a sua participação no projeto e as ações desenvolvidas, trazendo números expressivos sobre a atuação do CAE na produção científica. Atualmente, somam-se 23 publicações nacionais/internacionais do professor Althiéris, com a colaboração de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, pertencentes a instituições que são referência, como a Universidade Federal do Tocantins, Universidade de Aveiro – Portugal e a Universidade de Lisboa – Portugal. Apesar destas publicações, conforme dito por Aline, não serem provenientes de resultados de projetos de pesquisas do grupo em si, elas reforçam o crescimento do projeto na figura de seu coordenador. Além, de estimular o trabalho colaborativo, beneficiando a todos os envolvidos e a comunidade externa com a produção de conhecimento.

A estudante destaca também, que na edição do Integra de 2019, sediado no Campus Ceres, a discente Lainara Carvalho, à época aluna de ensino médio, recebeu o primeiro lugar na modalidade “Relato de Experiências Ensino Médio, área de ciências agrárias”. Em 2021, na terceira edição do evento, as alunas Kayllany Silva e Nicolly Castro, ficaram com a primeira colocação da categoria “Iniciação Científica Ensino Médio, área de ciências agrárias”, com o trabalho intitulado: “uso de organismos bioindicadores para avaliação da contaminação aquática por agrotóxicos: o caso da planária Girardia tigrina”. Aline também é uma das autoras do projeto, demonstrando o desenvolvimento de pesquisas em conjunto pelos campi Rio Verde e Campos Belos.

É por meio destas pesquisas que o Grupo CAE contribui para avaliação do cenário atual, auxiliando pesquisadores e a sociedade como um todo, a compreender as situações advindas deste período de uso intenso de agrotóxicos. “Embora nossos estudos não protejam diretamente o meio ambiente - ação imediata, ao reportarmos concentrações seguras e não seguras de determinado agrotóxico sobre determinado organismo não-alvo, acabamos por contribuir com a ciência internacional e com as agências de proteção ambiental para que ações sejam tomadas”, pontua o professor. Os dados científicos, portanto, são o caminho inicial para defender a conservação ambiental e a biodiversidade. O professor Althiéris exemplifica essa importância ao abordar os agrotóxicos que são restritos ou banidos pela sua periculosidade ambiental. “Há ciência por trás disto”, finaliza.

Alcance - As tecnologias de comunicação estreitaram os caminhos para essa troca de experiências entre os membros do grupo, corroborando para um processo formativo amplo e dinâmico. Diante das relações construídas e do desenvolvimento de seus alunos. “Fico a pensar o quão longe os meus orientandos de Ensino Médio poderão chegar - inclusive muito além de onde cheguei, já que são jovens cientistas obtendo formação e aperfeiçoando conhecimentos junto a discentes de outros níveis de ensino, a exemplo do mestrado Stricto Sensu”, diz.

Ao analisar a sua jornada no Grupo CAE e a contribuição deste em sua formação, Aline diz que ele tem sido fundamental, “Sou da gestão hospitalar e a ecotoxicologia é algo novo, o professor e a equipe têm ajudado muito. As experiências adquiridas serão levadas para o mercado de trabalho (pretendo lecionar)", Aline diz ainda que, para além de formar recursos humanos, o CAE traz importantes informações científicas, no âmbito da preservação da natureza (ecotoxicologia), melhor qualidade de vida e também inovações.

Estes relatos demonstram a abrangência das ações desenvolvidas pelo coletivo e a preocupação destes pesquisadores em levarem adiante as informações produzidas. Em um cenário de fortalecimento das mídias digitais, o Grupo CAE também marca presença nestes espaços com o seu perfil no Instagram, @grupocaeif, divulgando artigos e outras produções científicas. Essa movimentação é fundamental para que estes diálogos se estendam além do espaço acadêmico, contribuindo para a conscientização da sociedade nas temáticas trabalhadas pelo o grupo.

Em constante aperfeiçoamento, conforme dito pelo seu coordenador, o Grupo CAE tem um futuro promissor pela frente, e está de portas abertas para aqueles que têm interesse em atuar em projetos no âmbito da Conservação Ambiental e Ecotoxicologia.

 

Colaborou: Ícaro Lunas (bolsista de projeto de pesquisa da Diretoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação)

Fonte: Seção de Comunicação Social e Eventos do Campus Rio Verde, adaptada

 

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