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Pesquisadores registram 300 espécies na área do Programa de Produtores de Água de Rio Verde

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Publicado: Segunda, 14 de Março de 2022, 09h01 | Última atualização em Quarta, 16 de Março de 2022, 07h55 | Acessos: 852

O estudo, que envolveu docentes e discentes do Campus Rio Verde do IF Goiano e da UNIRV, traz informações sobre as espécies e sobre o impacto da alteração da paisagem. 

Estudo realizado por pesquisadores do IF Goiano avalia a substituição das paisagens naturais por ambientes antropizados e seu impacto a fauna e flora do Cerrado. Buscando respostas para estas e outras questões, pesquisadores do IF Goiano e UNIRV realizaram um estudo na área do Programa Produtores de Água (PPA) em Rio Verde/GO. Este programa prevê compensação financeira à proprietários rurais que preservam os remanescentes de floresta nativa ao redor das nascentes dos cursos d’água na região do Ribeirão Abobora, principal fonte de abastecimento de água para a cidade.

Os resultados deste estudo foram publicados recentemente na revista científica “Biota Neotropica” e eles revelam a ocorrência de 300 espécies de animais e planta na área de estudo.

Especificamente, foram encontradas 154 espécies de plantas lenhosas, 100 espécies de aves, 20 espécies de anfíbios, 16 espécies de mamíferos terrestres de médio e grande porte e 10 espécies de peixes. Esta lista inclui espécies que são consideradas: 1) endêmicas do Cerrado como a rãzinha-da-mata (Barycholos terntezi) e o mico-estrela (Callithrix penicillata), 2) ameaçadas de extinção como o gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e a anta (Tapirus terrestris) e 3) exótica invasora como o javali (Sus scrofa).

Então, os números indicam que está tudo bem em relação à diversidade da fauna e flora na área Programa Produtores de Água (PPA) em Rio Verde/GO e nada mais precisa ser feito?

Na verdade, embora sejam números expressivos, o estudo revelou que a vegetação nativa está restrita a apenas 21% da área total do programa e a diversidade de espécies registradas ainda está abaixo da média observada em unidades de conservação do Cerrado. A maior proporção da cobertura de vegetação nativa observada nestas áreas bem como a ausência de grandes alterações ao longo do tempo em relação ao que se observa em áreas que não são protegidas legalmente podem ser algumas das explicações para a diferença encontrada.

De qualquer modo, a presença de espécies ameaçadas pode indicar os primeiros efeitos positivos das ações realizados no âmbito do Programa Produtores de Água (PPA). Mas, o estudo sugere que o esforço para recompor a cobertura vegetal nativa ao redor das nascentes pode viabilizar o retorno e manutenção de populações viáveis de outras espécies. Assim, futuramente, a área poderia abrigar uma diversidade ainda maior.

Por fim, os autores concluem que a criação de um programa de monitoramento ambiental de longa duração, considerando tanto a dinâmica da paisagem quanto a composição das espécies da fauna e flora, poderia ajudar em avaliações dos efeitos e no planejamento de ações no âmbito do Programa Produtores de Água (PPA). Com base nesta ideia, alguns dos membros da equipe reuniram-se com membros das Secretarias de Meio Ambiente de Rio Verde e Jataí além de pesquisadores da UFG, UEG e UFJ para propor a elaboração de um Programa Ecológico de Longa Duração (PELD) na região de Rio Verde.

Em novembro de 2021, esta proposta, coordenada pelos pesquisadores Rogério Bastos (UFG) e Alessandro Morais (IF Goiano/Campus Rio Verde), foi aprovada e contratada pela FAPEG. O primeiro ciclo de pesquisa ocorrerá ao longo dos próximos quatro anos, podendo ser renovado por outros períodos, e incluirá atividades de campo e laboratoriais para investigar como a biodiversidade responde à perda e fragmentação de habitats naturais na região sudoeste de Goiás.

 

 

Seção de Comunicação Social e Eventos - com informações do Prof. Jânio Cordeiro Moreira (IF Goiano - Campus Rio Verde)

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