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Pesquisa

Instituto desenvolve plataforma para controle automatizado de irrigação e fertirrigação 

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Publicado: Quinta, 11 de Agosto de 2022, 10h14 | Última atualização em Segunda, 15 de Agosto de 2022, 09h33 | Acessos: 893

Projeto visa atender pequenos e médios produtores com uma central de automação estruturada a partir de tecnologias de código aberto e de baixo custo.

Aliar o uso de tecnologias para o manejo eficiente de água e insumos produtivos nas culturas irrigadas ainda é um dos principais desafios da área da agricultura brasileira, principalmente por esta prática estar associada a altos custos financeiros. Diante desta demanda, professores e alunos do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) – Campus Ceres desenvolvem um projeto baseado no controle automatizado da irrigação e fertirrigação, a partir de tecnologias de código aberto e de baixo custo.

A pesquisa está sendo promovida pelos professores do Campus Ceres, Henrique Fonseca Elias de Oliveira, Hugo de Moura Campos e Adriano Honorato Braga, estudantes dos cursos técnico em Informática e graduação em Sistemas de informação e Agronomia. Além de técnicos administrativos, com mestrado em Irrigação no Cerrado e em Ciência da Computação. O trabalho tem a supervisão do pesquisador Rhuanito Soranz Ferrarezi, da Universidade da Geórgia.

O acionamento da irrigação e fertirrigação (método de adubar a lavoura por meio da irrigação) nos cultivos geralmente ocorre por meio de temporizadores, porém, de acordo com o coordenador do projeto, Henrique Oliveira, esses processos não levam em consideração as exigências de água e nutricional específicas das culturas para o crescimento vegetal adequado.

Outro ponto observado refere-se ao acesso ao uso dessas tecnologias, principalmente pelos pequenos produtores. Isso se dá tanto pelo alto valor financeiro agregado à técnica, quanto pela escassez de pesquisas envolvendo esses recursos. “A complexidade no uso desses equipamentos e o alto custo associado à automação faz com que sua utilização ainda seja restrita na agricultura brasileira”, explica Henrique.

Além disso, quando o produtor opta pela utilização de ferramentas mais sofisticadas, as informações geradas referem-se às condições climáticas e tecnológicas diferentes das brasileiras, o que limita a adoção de ferramentas para otimização da irrigação em larga escala e resulta no uso de recomendações baseadas não em dados reais. O professor explica que os sistemas de controle da irrigação e fertirrigação mais comumente ofertados no mercado oferecem uma solução parcial e acabam exigindo grande dispêndio de insumos e mão-de-obra.

Diante desta realidade, o projeto propõe uma central de automação desenvolvida com microcontroladores de baixo custo, tecnologias de código aberto e sensores capacitivos para o controle da irrigação e fertirrigação de culturas com alto valor agregado, na produção em ambiente protegido. O foco do sistema, segundo explica o professor, é reduzir custos operacionais relacionados a fertilizantes, bombeamento (energia elétrica) e mão-de-obra, além de diminuir os impactos causados pelo descarte inadequado de Solução Nutritiva (SN) no meio ambiente, aliado ao excesso de aplicação de água.

De acordo com Henrique, os sistemas disponíveis no mercado para utilização em estufas realizam apenas um processo: ou monitora as condições de umidade do solo, ou aciona o sistema de irrigação. “Quando só aciona, ele funciona como um temporizador, quando só realiza a leitura, exige alguma intervenção manual para que o sistema irrigue ou para que ele forneça água para as culturas”, completa.

Na central desenvolvida no IF Goiano, o coordenador explica que o projeto une os dois processos: o sistema vai monitorar as condições de umidade do solo e vai acionar automaticamente sem intervenção humana. “O que estamos propondo é juntar essas duas tecnologias e obviamente a um custo barato, para que seja acessível também a pequenos produtores, o que na maioria das vezes não ocorre”, afirma.

Inicialmente, a tecnologia utilizada para desenvolver a central, que segue em fase de testes e novas implementações, foi a plataforma Arduino. Mas, ainda serão utilizadas as plataformas Raspberry PI e depois placas de circuito impresso. Os experimentos já foram realizados em produção de tomate grape em estufa e, atualmente, está em teste na cultura de tomate cereja em estufa. O coordenador do projeto afirma que o mecanismo pode ser usado para qualquer cultura. No entanto, no momento, os testes estão sendo realizados para cultivos em ambiente protegido, como tomate, pimentão, olerícolas e plantas medicinais.

 

Diretoria de Comunicação Social

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