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Investigação Forense foi assunto no Ciclo de Palestras de Química

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Publicado: Quarta, 13 de Novembro de 2019, 17h31 | Última atualização em Quarta, 20 de Novembro de 2019, 11h39 | Acessos: 482

Atividade envolveu o presidente do CRQ 12ª Região, que atua na Secretaria de Segurança Pública de Goiás. O evento também dedicou parte da programação para a promoção da saúde mental dos estudantes

Por Tiago Gebrim
Fotos: Tiago Gebrim

 

 

O Campus Ceres do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) realizou o inédito Ciclo de Palestras de Licenciatura em Química. O evento foi idealizado pela coordenação de curso para propiciar aos estudantes momentos de encontro e discussão com profissionais da área. A edição inicial ocorreu no dia 08 de novembro e tratou de formação profissional para aplicação investigativa e também de saúde mental durante a graduação.

A palestra Química Forense - o uso de conhecimentos químicos na identificação de substâncias e solução de crimes, compôs a primeira parte da programação. Ela foi ministrada pelo presidente do Conselho Regional de Química (CRQ) da 12ª Região, Luciano de Souza, que também é perito no Instituto de Criminalística da Secretaria de Segurança Pública goiana.

Souza iniciou explicitando o que viria a ser a Química Forense, em suas palavras, um campo que ocupa-se “da investigação forense, com análises instrumentais e identificação de substâncias, atendendo aos interesses judiciários”. A apresentação foi direcionada a detalhar o cotidiano da atividade de perícia no tocante ao uso da química para elucidação dos casos.

Grande parte das análises conduzidas no Instituto de Criminalística relaciona-se a classificação de drogas, seja o reconhecimento, seja a minuciosa análise para enquadrar novas substâncias. Porém não só a isso está atrelado o trabalho de investigação. Conforme mostrou Souza, eles também se debruçam sobre identificação e adulteração em medicamentos, bebidas, cosméticos, agrotóxicos e combustíveis, análises de resíduos de disparo de armas de fogo, identificação de produtos químicos, entre outras.

 


O químico Luciano de Souza, perito criminalístico da SSP/GO e presidente do CRQ 12ª Região

 

O trabalho de perícia é realizado sob a norma internacional SWGDRUG, que disciplina o trabalho forense. Ela foi concebida em 1999, a partir de um grupo de trabalho formado por cientistas de várias nacionalidades, como norte-americanos, ingleses, canadenses, australianos, japoneses e alemães. As técnicas são divididas em três categorias, A, B e C, conforme o nível de precisão.

O presidente do CRQ mostrou a principal norma que enquadra as substâncias sujeitas a controle especial no Brasil, a Portaria nº 344, de 1998, do Ministério da Saúde, e suas constantes atualizações. Conforme explicou, o trabalho de perícia se utiliza da legislação e, da mesma forma, a alimenta, pois fornece embasamento, vindo das investigações, para o enquadramento de novas substâncias.

Além das normas, o palestrante demonstrou as principais técnicas utilizadas no trabalho do químico forense, como a cromatografia gasosa, a cromatografia em camada delgada (CCD), a espectrometria de massas, a análise por ultravioleta visível, a cromatografia líquida de alta eficiência (Clae) e o infravermelho.

Entre as dificuldades elencadas para a execução dos trabalhos, Souza destacou o alto custo dos equipamentos, cujo valor e complexidade exigida para as instalações dificulta a descentralização das análises. No caso do Instituto de Criminalística, a título de exemplo, tudo precisa ser conduzido na capital do estado. Muitas vezes, é preciso fazer uso de equipamentos de outras instituições, como é o caso do equipamento de ressonância magnética nuclear, encontrado somente na Universidade Federal de Goiás.


Saúde mental em foco – A segunda parte do evento foi composta por uma roda de conversa com os estudantes e professores. Para o momento foi convidada uma equipe de peso: as médicas Larissa Silveira e Citrya Jakelinne Sousa, a assistente social Núbia Vieira e o psicólogo Kássio Kran, atuantes em Ceres e em cidades vizinhas. Na atividade, que teve caráter bastante intimista, os estudantes puderam narrar suas percepções, conflitos e angústias, em uma troca de experiências com os profissionais, que deram orientações baseadas na própria vivência e nas expectativas e ocorrências mais observadas na fase em que se encontram os discentes.

 

 

 

Ascom Campus Ceres

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