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Formação de professores é tema de debate nos Eventos Integrados

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Publicado: Sexta, 03 de Outubro de 2025, 17h37 | Última atualização em Segunda, 06 de Outubro de 2025, 11h41 | Acessos: 202

Debate provoca reflexões sobre como a prática educativa se fortalece quando conecta a produção acadêmica com os desafios da escola e com as demandas da comunidade. As discussões aconteceram dentro da programação dos Eventos Integrados IF Goiano.

imagem sem descrição.

A mesa redonda trouxe ao Campus Rio Verde, Júlio Emílio Diniz-Pereira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O momento também contou com a participação da pró-reitora de Ensino, professora Geisa D’Avila Ribeiro Boaventura, e da professora do Campus Rio Verde e coordenadora do Mestrado em Formação de Professores e Práticas Educativas, Rosenilde Nogueira Paniago. O debate foi mediado pela professora Patrícia Gouveia, do Campus Rio Verde.

Professor Júlio iniciou sua fala destacando a relevância da integração entre diferentes formas de conhecimento. Ele ressaltou que os saberes comunitários, construídos no cotidiano das relações sociais, precisam dialogar com os saberes dos professores em exercício na Educação Básica e, ao mesmo tempo, com os conhecimentos acadêmicos produzidos e ensinados nas instituições formadoras de docentes. Essa articulação, segundo ele, é fundamental para enriquecer a prática educativa e fortalecer a formação de professores comprometidos com a realidade social em que atuam.

De acordo com o professor Júlio, a formação docente acontece por meio da construção do conhecimento teórico, que envolve áreas como história, sociologia e psicologia da educação, mas também a partir da compreensão da função social da escola e da prática pedagógica, considerada a base comum de todas as Licenciaturas. “O processo de socialização docente se dá quando os alunos das Licenciaturas estão nas escolas, trabalhando em conjunto com os professores da Educação Básica”, explicou o pesquisador, ressaltando que essa integração deve acontecer desde os períodos iniciais da formação.

O professor destacou ainda que, embora a universidade tenha papel essencial na formação de professores para a Educação Básica, ela não consegue cumprir essa tarefa sozinha, sendo imprescindível a participação dos profissionais que já atuam nas escolas. No entanto, alerta sobre a necessidade do reconhecimento dessa dinâmica por meio de políticas públicas afim de evitar a intensificação do trabalho docente.

 

A identidade dos Institutos Federais e os desafios da formação dos professores 

De acordo com a Lei que cria os Institutos Federais, 20% de suas matrículas devem ser em cursos de formação de professores, incluindo licenciaturas e cursos de pós-graduação. Professor Júlio vê como um grande desafio destinado aos IFs o fato dessa prerrogativa não ter sido planejada e discutida, o que dificulta desenvolvimento de ações ligadas diretamente à formação de professores, afetando também a identidade institucional nesse campo. Entretanto, o pesquisador aponta a oferta da Educação Básica e do Ensino Superior nos Institutos como uma vantagem na formação de professores. “A gente fala dessa relação universidade-escola, mas no caso dos Institutos Federais, a Educação Básica também está aqui”.

Professora Geísa apresentou os princípios orientadores dos currículos dos Institutos Federais, dentre eles, a integração, que consiste na articulação ensino, pesquisa, extensão, teoria e prática e a interdisciplinaridade, uma construção coletiva em diálogo com a sociedade.

 

Pró-reitora Geísa Boaventura trouxe dados sobre a oferta de cursos na área na Rede Federal e no IF Goiano.

 

A pró-reitora também falou sobre a autonomia didático-pedagógica e científica, com valorização da ciência e a atenção às diversidades, por meio da inclusão. Destacou ainda a necessidade de avanços na formação de professores para Educação Básica em diálogo com as escolas das redes públicas estadual e municipal.

De acordo com dados de 2024, apresentados pela professora Geísa, 337 campi da Rede Federal ofertam cursos de formação de professores, sendo ao todo, 585 cursos, com um total de matrículas de 79.890. No Instituto Federal Goiano são ofertados 18 cursos. A unidade de Urutaí é a que oferta o maior número, cinco ao todo. No Campus Rio Verde são ofertadas as licenciaturas em Ciências Biológicas e em Química.

Ainda sobre o IF Goiano, professora Rosenilde Paniago ressaltou a importância do diálogo que existe com as coordenações regionais de Educação e com os gestores das escolas de Educação Básica, citando o Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que favorece o contato do estudante das licenciaturas com o corpo social da Educação Básica. Disse ainda que os Projetos Pedagógicos de Cursos devem ser reformulados e sugere a elaboração de uma resolução institucional para as Licenciaturas.  

Mestrado - O secretário municipal de Educação de Rio Verde, professor Miguel Ribeiro, também esteve presente e ressaltou a importância da chegada do curso de Mestrado em Formação de Professores ao IF Goiano – Campus Rio Verde. Ele destacou que o município já se consolida como referência na Educação Básica, de acordo com os indicadores nacionais, e que a criação de um programa de pós-graduação voltado à formação de professores representa um avanço significativo. “O município precisa do IF Goiano para que as pessoas possam mudar de vida por meio do conhecimento”, afirmou o secretário, elogiando a iniciativa da Instituição, que tem um histórico consolidado na formação para as ciências agrárias e agora amplia sua atuação para a formação docente.

Professor Miguel Ribeiro celebra chegada do mestrado em Formação de Professores a Rio Verde.

 

O diretor-geral do Campus Rio Verde, professor Fabiano Guimarães Silva, destacou a importância da parceria com a Secretaria Municipal de Educação, ressaltando que essa colaboração tem permitido ao IF Goiano ampliar suas ações e avançar em novas direções. Segundo ele, a Instituição permanece atenta às necessidades de todos que buscam na educação pública uma oportunidade de crescimento, transformação e inclusão social.

Paletras e mesas-redondas - Os Eventos Integrados possibilitaram aos participantes a oferta de mais de 30 palestras, seminários e mesas-redondas ao longo da semana, nas mais diversas áreas. Na programação também houve maratonas, painéis, minicursos, oficinas, apresentações de trabalhos científicos e culturais, mostra de fotografias e desenhos, espaço para exposição de projetos científicos e em parceria com a comunidade de Rio Verde, além da oferta de diversos serviços como vacinação, exames e até doação de animais. 

 

Comunicação Social - Redação Oficial dos Eventos Integrados

 

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