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IF Goiano firma parceria para controle biológico

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Publicado: Sexta, 25 de Fevereiro de 2022, 17h43 | Última atualização em Quinta, 31 de Agosto de 2023, 16h52 | Acessos: 868

Projeto desenvolvido em parceria com startups goianas conta com apoio financeiro da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Duas startups goianas firmaram parceria com o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) para desenvolver uma solução sustentável de controle de pragas na agricultura.  A startup Biogyn atua no mercado de controle biológico, desenvolvendo produtos que usam inimigos naturais para controlar pragas nas lavouras. Já a Lunagreen desenvolve insumos naturais, fornecidos principalmente para a indústria cosmética. Em conjunto, as duas empresas estão apostando em um composto natural, extraído de algumas plantas específicas, para o controle biológico de lagartas.

Os detalhes do projeto ainda não podem ser revelados para preservar futuros direitos de propriedade intelectual, mas o projeto foi firmado após o trabalho do professor do Campus Urutaí e coordenador do projeto, Flávio Gonçalves de Jesus, de revisão de trabalhos científicos já publicados sobre o potencial de determinados extratos no controle das lagartas.

A professora do Campus Rio Verde Cássia Cristina Fernandes Alves será responsável por acompanhar a extração e preparar as soluções a serem testadas, para garantir a qualidade dos produtos. Posteriormente, a equipe do professor Flávio vai fazer uma espécie de triagem de diversos compostos e dosagens utilizando tais extratos para chegar a melhor solução a ser levada a campo. Os experimentos serão conduzidos em laboratório e em casas de vegetação.

Os potenciais produtos possuem um forte apelo à sustentabilidade ambiental, já que podem reduzir o uso de defensivos químicos nas lavouras e, consequentemente, diminuir os custos de manejo e a dependência de insumos importados.

 O diretor do Polo de Inovação do IF Goiano, Fernando Godinho, destaca que, mais do que o produto que pode ser gerado, o projeto constrói uma rede de relacionamentos importante para a inovação tecnológica. “Parcerias entre instituições de pesquisa, governos e empresas são muito comuns quando o assunto é inovação tecnológica”, comentou. Ele explica que além da colaboração entre pesquisadores cada vez mais especializados ser fundamental, existem diferentes instrumentos de fomento à inovação que podem ser combinados.

No caso desse projeto, em um primeiro momento as startups negociaram com o Polo de Inovação do IF Goiano. Por ser credenciada à Embrapii, a unidade consegue até um terço do valor do projeto pago pelo convênio. “Esse um terço não é financiamento, é recurso não-reembolsável que a Embrapii coloca no projeto para incentivar a inovação tecnológica no Brasil”, explica o Gerente de Pesquisa e Prospecção do Polo, Gustavo Castoldi.

Outro terço do valor do projeto é oferecido em horas de serviço dos pesquisadores e de uso dos laboratórios da instituição. O terço restante é o que cabe às startups desembolsarem para terem seu projeto desenvolvido em colaboração com os pesquisadores do IF Goiano.

Acontece que a Embrapii também tem um programa de incentivo às startups junto ao Sebrae, que arcou com 70% do valor que as empresas teriam que desembolsar. Ou seja, utilizando diferentes instrumentos de inovação e com a colaboração do Instituto, as startups estão desenvolvendo um novo produto investindo menos de 10% do valor total do projeto.

“É importante destacar que a Embrapii e o Sebrae não possuem participação na exploração comercial da tecnologia”, explicou Fernando. Mas por fazer parte de uma política pública, a Embrapii, por exemplo, exige que o produto gerado pelo projeto seja disponibilizado ao mercado em até 2 anos. Com a comercialização da tecnologia, espera-se que o investimento público retorne aos cofres públicos na forma de impostos. 

“O que acontece em geral é que o retorno é maior que o investimento, num ciclo virtuoso que não envolve só recursos financeiros, mas que coloca as instituições de pesquisa com desafios práticos e reais e ainda forma profissionais diferenciados para o mundo do trabalho”, comentou Fernando, lembrando que todos os projetos geridos pelo Polo de Inovação do IF Goiano possuem estudantes envolvidos.

Parceria

Partiu de Nathalia Pedroso, a diretora da startup Lunagreen, a ideia de trabalhar em parceria com Rizia Andrade e Glaubia Cavalcante, diretoras da Biogyn. Elas se conheceram no Centro de Empreendedorismo e Inovação da Universidade Federal de Goiás (CEI/UFG), onde suas empresas foram incubadas e, depois de longas conversas, as startups se uniram para buscar fomento para seu projeto colaborativo de inovação.

A Lunagreen desenvolve insumos para a indústria cosmética, como extratos e óleos vegetais. A empresa foi criada em 2018 e no mesmo ano venceu o prêmio Crea Goiás de Meio Ambiente, na categoria de inovação tecnológica. Em 2021, ganhou o Prêmio Empresa Inovadora do CEI/UFG, na categoria empresa graduada, e ficou entre as 30 empresas selecionadas no programa de aceleração da Finep “Mulheres Inovadoras”. Atualmente está entre as dez empresas aceleradas pelo Programa Espaço Finep 2021-2022.

Já a Biogyn desenvolve produtos de controle biológico. Em sua “biofábrica” são multiplicados insetos utilizados para controlar outros insetos prejudiciais às lavouras. Os principais clientes da Biogyn atualmente são produtores de tomate. Fundada em 2018, a empresa foi vencedora do prêmio Crea Goiás de Meio Ambiente de 2019, na categoria inovação tecnológica. Em 2020, foi selecionada para os programas de aceleração de negócios Inovativa Brasil e Centelha Goiás. Também ganhou o Prêmio Empresa Inovadora do CEI/UFG, na categoria empresa incubada.

Assessoria de Comunicação do Polo de Inovação
Texto: Karen Terossi

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