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"Docência se aprende a partir da vivência como aluno"

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Publicado: Sexta, 11 de Junho de 2021, 10h57 | Última atualização em Terça, 15 de Junho de 2021, 11h05

É o que defende João Formosinho, catedrático aposentado da Universidade do Minho (Portugal). Docente critica fragmentação curricular na formação de professores.

Professor mostra desenho feito por estudantes da educação infantil em pesquisa
Professor mostra desenho feito por estudantes da educação infantil em pesquisa

A pesquisa na formação de professores e no Ensino das diversas áreas do conhecimento foi destaque no primeiro e no segundo dias do IV Encontro de Licenciaturas e Pesquisa em Educação (Elped) do Instituto Federal Goiano. Na quarta-feira, 9, quatro mesas marcaram a discussão desse assunto, seja no campo das Ciências Humanas, das Ciências da Natureza e Matemática e da Linguagem e Literatura. Na quinta-feira, 10, o destaque foi para a pesquisa do Ensino na Educação Infantil e anos iniciais.

Ao discutir a formação de professores, João Formosinho, referência internacional no assunto, catedrático aposentado da Universidade do Minho – Portugal – defendeu que a primeira forma de aprender a ser professor é a vivência como aluno. “É uma profissão que se aprende desde que se entra na escola, a partir da observação dos próprios professores”, explicou.

Em relação à formação universitária, que teve início a partir da década de 1970 – antes disso, a formação se dava em escolas dos magistérios de ensino médio -, Formosinho criticou a fragmentação curricular. Para o profissional, ela atrapalha especialmente a formação de professores que vão atuar na educação infantil.

O docente justificou que, por não haver uma prática pedagógica generalística na academia, o profissional que chega na escola para ensinar as crianças se depara com uma realidade bem distante da que aprendeu. Ali, ele tem que ensinar todas as disciplinas a uma mesma turma. Além disso, a realidade acadêmica acaba ficando, também, descolada da realidade social.

Para Formosinho, a lógica da especialização deveria ser baseada em demandas profissionais e não em territórios curriculares. Nesse ponto, lembra da importância do estágio, que é o que vai aproximar o futuro professor do ofício, vivenciando pedagogias participativas. E  para iniciar os alunos na investigação na prática pedagógica, Formosinho conclui ser indispensável a participação em projetos acadêmicos.

Citou como exemplo pesquisa em que foram investigadas crianças de cerca de 5 anos de idade, questionadas sobre as expectativas que tinham para entrar no ensino fundamental. Foi solicitada, na pesquisa, que elas representassem como seria a nova escola. Segundo Formosinho, quase sempre os desenhos continham salas de aula com filas, alunos sentados, atentos, calados e cheia de regras. “São percepções que nos permitem refletir e podem ser úteis  para a formação e a prática docente”, conclui.

Programação – Além das mesas de discussões, o Elped tem na programação o lançamento de livros, apresentações culturais e de trabalhos científicos, minicursos e oficinas. O evento se encerra na sexta, 11, com o prêmio Diamantes da Educação, que reconhecerá iniciativas de ensino inovadoras nos tempos de pandemia.

 

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Diretoria de Comunicação Social

 

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