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Gestão de Ensino promove atividades voltadas para a saúde mental e física de alunos e servidores

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Publicado: Terça, 23 de Junho de 2020, 19h57 | Última atualização em Terça, 14 de Julho de 2020, 11h23 | Acessos: 1190

Visando contribuir com a melhoria da saúde mental e física de alunos e servidores durante o período de pandemia e, ao mesmo tempo, buscando orientar os discentes a organizarem uma rotina de estudos nesse contexto de aulas e atividades não presenciais, a Comissão Emergencial do Campus Avançado Hidrolândia promoveu, entre os dias 15 e 17 de junho, uma série de encontros, via Google Meet, que contou com a presença de profissionais da saúde, profissionais de educação física e outros especialistas que debateram importantes aspectos relacionados à prática de exercícios físicos, aos hábitos alimentares e sua relação com a imunidade e a questão da ansiedade e do estresse.

Esses temas foram abordados tendo como ponto de reflexão os impactos emocionais, psicológicos e comportamentais sofridos por alunos e servidores nesse momento de distanciamento social. As atividades desenvolvidas são vinculadas ao Projeto #FicaEmCasa desenvolvido pelo campus Avançado Hidrolândia. 

Essas atividades tiveram como público alvo os alunos do Campus, tanto dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio em Agropecuária e Manutenção e Suporte em Informática, como os do Bacharelado em Agronomia, mas também foram, extremamente, importantes para os servidores. Na segunda, dia 15 de junho, o profissional de educação física Wellington Fernando, mestrando em Educação Física pela UFG, que, também, foi professor substituto do campus, ministrou a palestra intitulada “Exercícios físicos e os seus benefícios para reduzir a ansiedade durante o distanciamento social”. Nos dias 16 e 17 de junho, o docente Berto Rodrigo, juntamente com os professores Luã Áquila, Thays Martins e a servidora técnica-administrativa Letícia Ferreira, orientaram os alunos sobre “a importância da organização para melhor aproveitamento dos estudos”. Ainda nesses dois dias, o psicólogo Leandro Garcia promoveu rodas de conversa nas quais debateu “os impactos da pandemia na saúde mental, nos estudos e no trabalho remoto”. Ainda no dia 17 de junho, a médica nutróloga Paula Christina Figueiredo, a nutricionista Ariandeny Furtado e o Chefe de Cozinha Humberto Marra discutiram a importância da “alimentação saudável e a relação com a imunidade: da teoria à prática”.

Em sua exposição, o professor Wellington Fernando ressaltou que “em tempos de distanciamento social, é preciso adotar formas alternativas para a prática regular dos exercícios físicos. Eles têm sido preconizados como importantes elementos para a prevenção da saúde na população saudável e clínica. Alguns estudos científicos, por exemplo, demonstraram que a utilização de protocolos de exercícios físicos em diferentes intensidades pode contribuir com respostas positivas ao sistema imunológico contra algumas infecções respiratórias virais”. O pesquisador finalizou assinalando que “existe uma forte lógica de saúde para a continuidade da realização do exercício físico em casa, seja em área interna ou externa, para manter-se saudável e manter a boa função do sistema imunológico no ambiente precário de saúde atual”.

A servidora técnica-administrativa Letícia Ferreira, que participou de uma ação conjunta com os professores Berto Rodrigo, Luã Áquila e Thays Martins voltada para a organização dos estudos durante o período da pandemia, enalteceu o fato de a atividade ter propiciado “momentos produtivos de muita integração e socialização entre os alunos e os professores/servidores do Campus Avançado Hidrolândia”. A participação da Professora Thays se voltou para a “abordagem de assuntos relacionados à cognição e suas principais funções, sobretudo no tocante à atenção, que se trata de uma porta de entrada para todas as outras funções”, ressaltou Letícia. 

O professor Berto falou sobre a importância da organização dos estudos e trouxe importantes dicas para auxiliar os alunos no momento em que forem se organizar para estudar. A exposição do professor Luã, por sua vez, “foi dedicada ao desenvolvimento de mapas mentais, que são esquemas que ajudam a memorizar determinado assunto. Luã ensinou como construir um mapa mental e deu diversos exemplos práticos”, relatou Letícia. A servidora, que é responsável pelo NAP (Núcleo de Apoio Pedagógico),  apresentou aos alunos o modelo de programa de estudos utilizado pelo NAP para auxiliá-los na organização de suas rotinas de estudos. Letícia explicou como é realizado o processo de triagem com cada aluno para que esse programa seja feito de forma individualizada.

Já o psicólogo do Campus Rio Verde, Leandro Garcia, em sua roda de conversa sobre os impactos da pandemia na saúde mental e os desafios do ensino à distância, disse ter buscado “estimular os estudantes dos cursos integrados e superiores a relatarem como estão passando por esse momento”. A intenção era a de “identificar as principais fontes de estresse ambiental, bem como as respostas emocionais mais prevalentes”. Segundo Leandro, os estudantes relataram com frequência “a preocupação excessiva com o futuro pós-pandemia, o medo de contaminação, a ansiedade sentida em níveis elevados, as dificuldades para seguirem uma rotina, além dos prejuízos no sono, a falta de concentração nos estudos e as dificuldades de lidarem com a privação do contato social com os colegas”. Como forma de enfrentamento dessa situação, o psicólogo propôs “reflexões sobre estratégias possíveis de manejo do estresse e da ansiedade, a formação de rotinas para garantir maior aproveitamento dos estudos e ainda ações que favoreçam a qualidade do sono, a mudança de pensamentos e a conciliação com as atividades dentro da casa”.

No debate promovido pela médica nutróloga Paula Christina Figueiredo, pela nutricionista Ariandeny Furtado e pelo Chefe de Cozinha Humberto Marra, o propósito, segundo os especialistas, foi o de “trazer a perspectiva da promoção da saúde que trata de estimular hábitos de vida saudáveis, considerando os determinantes de saúde relacionados ao meio ambiente, educação e equidade”. Segundo esses profissionais, nesse contexto de pandemia, é fundamental evidenciar “a importância do cuidado com a “máquina” chamada corpo humano, que se sustenta, primeiramente, na respiração, que é indispensável para a vida”. Nesse sentido, ressaltou-se o “papel do diafragma como base da respiração e da própria vida”. Os especialistas, ainda, demonstraram “a importância da higiene, da hidratação oral, da hidratação nasal e cutânea para potencializar a função e a integridade das barreiras de defesa do corpo”.

Aliando práticas alimentares às variadas dimensões sociais, políticas e culturais, enfatizaram “a importância de compreender o ato de alimentar-se para além do biológico, contemplando a alimentação enquanto direito humano, daí a necessidade de reflexão sobre nosso comportamento desde a escolha da semente até o consumo”. Alertaram para importância do fato que “nós, enquanto consumidores termos um olhar mais crítico e reflexivo frente a nosso “consumo alimentar”, questionando se esse sistema de produção ao qual estamos fortalecendo valoriza nossa identidade alimentar, nossa cultura e nosso potencial agrícola local, ou se somente vê a alimentação como mercadoria, negando os direitos e explorando as/os agricultoras/es, na medida que nega seus saberes e pauta sua produção pelo lucro”.

Por fim, os especialistas buscaram apresentar “receitas e cardápios que valorizavam os alimentos do Cerrado, e que demonstravam a importância das hortas caseiras, do consumo das Plantas Alimentícias Não Convencionais, bem como a utilização de tecnologias e utensílios tradicionais como o fogão a lenha, colher de pau e pilão”; práticas essas que “nos brindam com refeições saudáveis, regionais cheias de ancestralidade, nutrientes, cores, histórias, identidade e pertencimento”. 

Essas atividades tiveram repercussões importantes entre os alunos do Campus Avançado Hidrolândia. O acadêmico Augusto Modesto, discente do 1º Período do Curso de Agronomia, ressaltou que esses encontros contribuíram para “amenizar os danos causados pelo momento delicado que todos estamos passando, e também como estratégia para não sobrecarregar os professores e alunos com as atividades”. Augusto destacou que as exposições feitas o auxiliaram na busca por “melhorar o condicionamento físico e as práticas alimentares durante a pandemia. A conversa com o psicólogo contribuiu refletir sobre nossos pensamentos e comportamentos em meio a esse momento de dificuldades”. Ressaltou, ainda, a importância das dicas apresentadas sobre “como nos organizar com as atividades escolares, sobretudo, observando as orientações contidas nos métodos de estudos propostos pelos professores”. 

Augusto finalizou ressaltando que achou “bastante válido todo o esforço da equipe do IFGOIANO, pois ajudou muito, no meu caso, que estava um pouco disperso, até mesmo pensando em desistir. Absorvi muita coisa sobre todas as aulas, e achei muito gratificante fazer parte dessa equipe. Só tenho a agradecer a equipe organizadora que fez de tudo para nos proporcionar essas aulas. Tenho certeza de que foi de grande valia para todos nós. E a grande lição que levamos de todo o aprendizado absorvido durante essas aulas é que, se nos unirmos fazendo nossa parte, logo toda essa turbulência irá passar e todos nós estaremos reunidos novamente”. 

A estudante Suzane de Araújo Lima, discente do 1º ano do Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática Integrado ao Ensino Médio, relatou, também, que “as palestras que aconteceram durante esses três dias foram muito ricas de informações e incentivo para que nós alunos consigamos exercer nossas atividades de uma maneira saudável,  fisicamente e mentalmente, pois em tempos de pandemia estamos tentando dar o nosso melhor, apesar das dificuldades que é aprender por ensino a distância”. 

Suzane enalteceu a iniciativa parabenizando “todos os palestrantes, pois foi um momento de conhecermos exercícios que podemos estar praticando para poder amenizar e prevenir a ansiedade”. Foi importante, segundo a estudante, perceber “que não está sendo um problema só para nós alunos, e sim para uma grande parte da população”. 

Ressaltou, ainda, que a conversa com o psicólogo ajudou muito para que se desenvolva estratégias para lidar com a ansiedade e o estresse tão comuns nesse período e que a intervenção dos especialistas em alimentação evidenciou a importância de uma alimentação saudável “na prevenção de doenças, principalmente agora com esse vírus, o Covid-19”. Suzane aproveitou para “parabenizar também nossos professores que estão sempre incentivando, e apresentando formas diferentes de estarmos compreendendo os conteúdos de uma forma clara, mas também sem nos sobrecarregar”.

Segundo a Gestão de Ensino do Campus Avançado Hidrolândia, essas atividades extracurriculares, também, foi uma forma de dar uma pausa nas atividades formais das aulas não presenciais que ocorreram entre os módulos III e IV. O objetivo foi propiciar um descanso aos estudantes, mas, sobretudo, contribuir para o enfrentamento desse momento tão difícil vivido por todos nós, alunos e servidores, que têm sofrido importantes impactos na saúde mental e física em decorrência da disseminação da Covid-19.

 

Núcleo de Comunicação Social e Eventos do Campus Avançado Hidrolândia 

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