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Programa oficializa entrega de cães-guia a deficientes visuais

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Publicado: Segunda, 02 de Dezembro de 2019, 21h25 | Última atualização em Quarta, 11 de Dezembro de 2019, 13h01

Cerimônia certificou quatro duplas usuário/cão-guia formadas pelo Programa Cão-Guia, do Campus Urutaí. Evento foi realizado na segunda-feira, 2, no auditório da unidade.

Gratidão, alegria e a certeza do dever cumprido. Foram com esses sentimentos que a equipe do Programa Cão-Guia, desenvolvido pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano) – Campus Urutaí, realizou a cerimônia oficial de entrega de quatro cães-guia a deficientes visuais de Goiás e Distrito Federal. O evento foi promovido na unidade sede do Programa, na manhã de segunda-feira, 2.

Além dos usuários e seus cães-guia, da equipe diretiva e servidores da Reitoria e do Campus Urutaí, alunos e comunidade em geral, estiveram presentes, o diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, Tomás Dias Sant'ana, representando a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, o Coordenador-Geral de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDH/MMFDH), Volmir Raimondi, os deputados federais João Campos e Rubens Otoni e o Secretário de Projetos Especiais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Manoel Rodrigues Chaves.

A cerimônia oficializou a entrega dos cães Face, Elvis, Fênix e Fox, que agora estão com os usuários Gleibson Pereira, Masami Nakao, Thuanne de Souza e Jorge Antônio de Lima, respectivamente. Mais acessibilidade e autonomia foram os principais pontos de mudança na rotina dos usuários com a chegada do cão-guia. “Minha companheira e eu somos deficientes visuais e muitas vezes ele auxilia nós dois, por exemplo, em muitos locais onde não cabe nós três juntos ele desvia, se estou só eu, ele passa, é muito interessante a mobilidade que eu adquiri” conta Masssami. “O cão-guia funciona muito melhor do que qualquer outra forma de acessibilidade, ele facilita inclusive a socialização do usuário”, completa Jorge.

Além da mobilidade, a companhia foi outro fator de destaque associado à qualidade de vida que um cão-guia traz à rotina do seu dono. “Hoje eu tenho um cãolega, um cãopanheiro, é uma vida totalmente diferente, ainda nova, mas que com certeza, juntos, o Face e eu, vamos descobrir muitas coisas boas”, relata Gleibson. “Não tem nem palavras no planeta Terra que resume o sentimento de gratidão que eu tenho por receber a Fênix, pois realmente é uma outra vida que ganhamos”, exalta Thuane.

Nova vida esta que o coordenador do Programa, Leonardo Goulart, destacou em seu discurso ao falar do desenvolvimento do Programa durante esse um ano de funcionamento efetivo, porém sete de existência, quando foi iniciado em 2013. “O Programa entrega uma vida mais dinâmica, mais acessível e vemos essa transformação quando formamos uma dupla usuário/cão-guia”, explica.

Para receber o animal, os deficientes visuais tiveram que passar por treinamento com duração de quatro semanas, divididas em duas etapas. A primeira fase, quando o usuário e o cão-guia são apresentados e passam por uma série de atividades conjuntas, acontece na sede do Programa, em Urutaí e dura três semanas. O objetivo é avaliar e garantir a compatibilidade do usuário com o cão-guia, por meio da análise de critérios técnicos como peso, altura, velocidade de caminhada, nível de atividade física e potencial para a realização das atividades diárias.

Ao fim do período de treinamento na sede do Programa, a dupla passa mais uma semana juntos na residência do usuário. Neste período acontece a adaptação domiciliar, o que possibilita a marcação de trajetos rotineiros do deficiente visual e adaptação do cão às suas atividades diárias futuras. Todas as ações, tanto na sede, quanto na residência do usuário, são acompanhas de perto pela equipe do Programa.  Os treinamentos para formação de duplas usuários/cães-guia foram realizados no período de agosto a novembro deste ano.

Os deficientes visuais foram selecionados para receber os cães-guia por meio de edital, realizado em maio deste ano, que foi lançado para atender ao Cadastro Nacional de Candidatos à Utilização de Cães-guia. Por isso, para participar da seleção, os candidatos deveriam estar previamente inscritos neste cadastro, que ficou aberto em 2014.

Recursos – A cerimônia foi marcada também pela previsão de investimentos para continuidade do Programa. Em seu discurso, o reitor do IF Goiano, Vicente de Almeida, além de reconhecer a importância do desenvolvimento do Projeto não só para o Instituto como para a sociedade e parabenizar toda a equipe, desde à coordenação até os voluntários, sinalizou a possibilidade de recursos para o próximo ano.

Na mesma linha, Volmir Raimondi, da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDH/MMFDH), apresentou a possibilidade de liberar recursos para que o Programa continue se desenvolvendo no Campus Urutaí e até se multiplique pelo país. O coordenador concorda que o Programa exige um custo elevado, mas que coloca o país em posição de destaque no que diz respeito à inclusão de pessoas com deficiência visual. “Espero poder anunciar conjuntamente com o MEC recursos para o Programa e redirecionamento de seus objetivos”, afirma.

Programa – O Projeto nasceu de uma iniciativa do Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú que foi acolhida pela Secretaria de Desenvolvimento Humano da Presidência da República (SDH) e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e depois expandida para outros seis Institutos Federais, dentre eles o IF Goiano - Campus Urutaí, como uma ação de promoção dos direitos das pessoas com deficiência.

O Programa Cão-Guia do IF Goiano Campus Urutaí tem o objetivo de formar novos Treinadores e Instrutores de cães-guia, bem como treinar e fornecer os animais como ferramenta de inclusão para pessoas cegas ou com baixa visão. Durante a cerimônia foram concedidos também os certificados de Treinador e de Instrutor de cão-guia ao zootecnista do Programa, Brunno Naves, que atuou diretamente na formação dos animais entregues aos deficientes visuais.

O tempo de formação do cão-guia é de aproximadamente 2 anos, uma vez que ele passa pela etapa de socialização, quando o filhote é entregue a uma família voluntária que ficará responsável pela socialização do cachorro pelo período de até 15 meses, e, após essa fase, retorna para a sede do Programa, onde é direcionado para o treinamento de guia, que pode durar de 4 a 6 meses. Atualmente o Programa conta com 24 cães, entre filhotes, adultos, matrizes e padreadores.

Além disso o Programa é responsável pelo desenvolvimento de atividades de capacitação no que diz respeito à inclusão do deficiente visual. Neste primeiro ano de funcionamento, foram oferecidos os cursos de Orientação e Mobilidade, com certificação de 20 profissionais em Orientação e Mobilidade, e de capacitação de socializadores, além de palestras em eventos de outras Instituições de Ensino, como a Universidade Federal Goiás (UFG).

 

Diretoria de Comunicação Social e Eventos

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