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Campus Party e construção textual científica são temas na Semana Acadêmica

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Publicado: Segunda, 27 de Mai de 2019, 18h20 | Última atualização em Terça, 04 de Junho de 2019, 15h15 | Acessos: 916

Evento oficialmente encerrado no sábado, 25, teve na sexta-feira palestras voltadas para escrita científica e proposição de ideias para Campus Party. As ações envolveram os cursos de Sistemas de Informação e licenciaturas em Química e Ciências Biológicas

Por Tiago Gebrim
Fotos: Alexandre Oliveira; Tiago Gebrim

 

 

Na última noite de programação da Semana Acadêmica, no dia 24 de maio, o público do Campus Ceres pode aproveitar duas palestras com focos distintos: a primeira, sobre a construção de textos científicos e a preocupação com suas publicações. A outra, relacionada a como impulsionar e levar suas ideias para a Campus Party – seguramente o maior evento de tecnologia, internet, inovação e cultura digital que ocorre atualmente no Brasil.

A palestra Construção do parágrafo científico visando publicações em revistas indexadas ocorreu dentro das atividades do VII Simpósio de Licenciatura em Química e IX Simpósio de Ciências Biológicas, sendo ministrada pelo docente do Campus Ceres Matias Noll. Com intuito de preparar os acadêmicos para a redação científica, a apresentação abrangeu a importância das publicações, as vantagens das bases de dados e, por fim, a estruturação do texto.

Noll iniciou a exposição interpelando os presentes sobre o porquê de publicar os resultados das investigações, projetos e pesquisas realizadas. A imagem apresentada – uma gaveta – provocou bem: “Muitas vezes fazemos um belo trabalho e os deixamos engavetados. A ideia é que os publiquemos o quanto antes”, afirma o palestrante. Entre os motivos para publicizar os estudos estão a responsabilidade para com a sociedade, que pode ser beneficiada com a divulgação da pesquisa e o respeito ao próprio trabalho, tempo e dinheiro (no caso de projetos financiados) dispendidos durante a investigação científica.

Mas, se é preciso publicar, onde fazê-lo? Essa foi a segunda parte da exposição de Noll, que se centrou na pertinência de usar revistas indexadas – isto é –, revistas que sejam parte de bancos de dados existentes no Brasil ou no mundo. Entre essas bases estão a SciELO, a Web of Science e o Elsevier Scopus. As bases de dados (indexadores) têm, primeiramente, a garantia de maior qualidade das revistas, vez que essas, para serem aceitas, são criteriosamente selecionadas. Aspectos como tempo de existência, gestão editorial e periodicidade são levados em conta. Além disso, outra substancial vantagem é a facilidade de seu trabalho ser encontrado: “A vantagem da base de dados é que você consegue acessar o que há de mais atual no mundo e, como autor, pode ser encontrado por leitores de todo o globo”, enfatiza Noll.


O parágrafo no texto científico – Finalizadas as explicações sobre por que e onde publicar, foi a vez da escrita propriamente dita. Noll esboçou a estrutura básica do artigo, com introdução, metodologia, resultado e discussão (chamada de IMRD), salientando que, em suma, o texto é uma sequência de parágrafos, que precisam ser bem construídos e demonstrar coesão entre si. Em seguida, trouxe diversos exemplos de parágrafos mal construídos, que foram analisados juntamente à plateia. Entre os problemas detectados estavam a falta de clareza do assunto tratado no artigo e o uso de períodos muito longos, por exemplo.

A partir desta percepção, Matias Noll delineou a estrutura dita ideal para um parágrafo científico: primeira frase introdutória e curta; frases intermediárias que deem sustentação ao teor da primeira e, por fim, a frase final, que concluirá o parágrafo e também fará a ligação para início do próximo. Além da demonstração estrutural, o pesquisador também deu outras dicas, como uso de conectivos, uso de voz ativa, evitar palavras de difícil entendimento, cortar o desnecessário e, principalmente, sempre escrever pensando no leitor.

 


Professor Matias Noll, docente do Campus Ceres e chefe do departamento de Iniciação Científica da unidade

Campus Party e a proposição de ideias – A palestra Como impulsionar suas ideias na Campus Party finalizou a programação específica do IV Simpósio de Tecnologia da Informação, e ocorreu simultaneamente às demais atividades da Semana Acadêmica. Para palestrar, o evento recebeu o cientista da Computação Sanderson Macedo, que é o embaixador da Campus Party Goiânia – edição que ocorrerá em setembro deste ano, marcando estreia do evento em Goiás.

A fala de Macedo iniciou-se assuntando o quanto a plateia era familiarizada com a Campus Party. O evento, neste ano, já ocorreu em São Paulo e, no próximo mês, terá a capital federal como palco. Nas palavras do palestrante, “a Campus Party é a maior experiência de tecnologia do mundo, com um convite a imersão de cinco dias”, neste ambiente. O legado é convincente: com 22 anos de existência, o evento nascido na Espanha já ocorreu em mais de 20 países, ultrapassando 70 edições realizadas. Em tempo: São Paulo lidera como cidade recorde de público no evento, em todo o mundo.

O público da Campus Party é diversificado, indo de estudantes e fãs a empresários e influenciadores, mas todos com o mesmo ponto em comum: a paixão pela tecnologia e inovação. Contudo, o palestrante salienta que é um mito falar que o evento é direcionado apenas à área da tecnologia, pois envolve programação para empreendimentos sociais e Educação, entre outras áreas. A dimensão da Campus, como é carinhosamente chamada pelos entusiastas, é tão grande que o local torna-se, literalmente, uma cidade, com ruas e avenidas. “Um mundo de possibilidades”, relata Macedo.

O foco da exposição foi mostrar as seções e locais existentes no evento, a fim de que os estudantes possam compreender onde se encaixa melhor uma proposta, uma ideia que possa ser levada para a imersão. Sobre o espaço físico, é divido em três:

  • Arena da Campus: com cinco palcos, é um local para palestras e onde se localizam as bancadas com internet de altíssima velocidade – no caso apresentado, conexão de 20 Gbps.
  • Open Campus: espaço aberto para mostra de startups e novas tecnologias em geral.
  • Camping: o maior espaço da cidade Campus Party, acampamento para as centenas de pessoas que participam do evento como campuseiros.


Também foram apresentados os agrupamentos de atividades do evento, como a Call of Papers, para apresentação de trabalhos, pesquisas e compartilhar o conhecimento de forma geral. No Fórum Campus Party são realizados encontros com temas relevantes para a comunidade local, uma forma de ampliar a interação e impacto do evento para a região que o recebe. Por fim, há a Campus Future, em que são recebidos projetos universitários com foco em inovação e tendências atuais, em diversas áreas do conhecimento.

Finalizando a palestra, Macedo determinou que seu foco, ali, era o de mostrar aos participantes que a Campus Party está aberta a quem tenha interesse de modificar sua realidade. “A Campus é nossa. Nós fazemos a Campus. Essa é a grande diferença entre ela e outros eventos. (…) O que você quer fazer?”

 


Público do curso de Sistemas de Informação ao fim da palestra com Sanderson Macedo. O palestrante está ao centro, junto a acadêmicos e professores da área de Informática do campus

 

 

Ascom Campus Ceres (colaborou Thalia Santana)

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