HSCI 2024

Conferência reuniu pesquisadores de 8 países

As atividades aconteceram na Universidade Estadual de Goiás (UEG) e foram coordenadas pelo Instituto Federal Goiano, Instituto Federal de Goiás, Instituto Federal de Brasília, Universidade Federal de Jataí e Universidade Estadual de Goiás. Tendo como central “Educação Científica e Sustentabilidade”, a Conferência superou as expectativas esperadas para o evento. Foram 350 inscritos, 210 trabalhos submetidos, 10 oficinas, 8 livros lançados e 40 expositores no Workshop Ciência na Prática.

A Conferência promoveu uma ampla abordagem de perspectivas relacionadas à Educação em Ciências, com troca de experiências sobre práticas, programas e questões políticas, fatores sociais e o aprendizado de ciências, além de questões relacionadas à Educação em Ciências e seu desenvolvimento.

A Hands-on Science Network (Rede de Ciência Prática) é uma associação internacional aberta a todas as visões e abordagens sobre Educação em Ciências, e atua em defesa de um aprendizado ativo de Ciências por meio de um uso ampliado de experimentos práticos em sala de aula.

Esta é a segunda edição da HSCI no Brasil. A primeira ocorreu em Olinda (PE), no ano de 2008 e foi organizada pelo professor Mikiya Muramatsu, da USP, que esteve presente nesta edição com o projeto Arte e Ciência - criado em 2005 com o intuito de divulgação científica em espaços formais e não formais.

Professor Mikiya fez demonstrações de sombras coloridas e de microscópio de gota, usando luz laser. Também apresentou desafios matemáticos e experimentos ligados à tecnologia da luz e brinquedos científicos, utilizando materiais de fácil acesso e baixo custo.

 

Temáticas debatidas

O tema central da HSCI 2024 "Educação Científica e Sustentabilidade" foi abordado na conferência de abertura pelo professor Manuel Filipe Costa, da Universidade do Minho, em Portugal. Na ocasião, destacou a importância do evento para discutir a sustentabilidade em suas diversas dimensões – ambiental, cultural, social e econômica. O pesquisador, que é o presidente da Hands-on Science Network, participou de modo virtual da solenidade de abertura da Conferência.

Diversos temas foram abordados nas mesas redondas, dentre eles, “Educação Científica na Primeira Idade” que foi debatido pelas professoras Sue Tunnicliffe e Denise Balmer, ambas do Colégio Universitário de Londres.

Também participaram das discussões a pró-reitora de ensino do IF Goiano, professora Geísa D’Ávila Boaventura, e a professora Régia Beatriz Coelho Diniz Nogueira, Superintendente Pedagógica e Planejamento na Prefeitura Municipal de Pirenópolis.

O professor Josep Maria Fernandés Novell, da Universidade de Barcelona na Espanha, discorreu sobre Método Científico para Crianças. 

Acompanhado da professora Carme Zaragoza Domenech, também da Universidade de Barcelona, que falou sobre o impacto da História das Ciências nos trabalhos científicos dos alunos do Ensino Médio e Médio, os pesquisadores realizaram uma experiência prática com adolescentes enquanto apresentavam suas temáticas. Os trabalhos dos pesquisadores foram mediados pela professora Rhanya Rafaella Rodrigues, do Instituto Federal Goiano.

“Professor Protagonista para o Ensino de Ciências” foi o tema apresentado pelo professor Marlón Hebert Flora Barbosa Soares, da Universidade Federal de Goiás.

De forma virtual, o professor José Benito Dorrio, da Universidade de Vigo da Espanha, discorreu sobre “Física prática em todos os lugares e para todos”. A mediação do debate foi feita pelo professor da UEG, Rodrigo Guimarães Prudente Marquez Cotrim.

Outra mesa redonda reuniu pesquisadoras do IF Goiano, IFG, UEG e UFG que debateram sobre “Projetos e Práticas Formativas na Educação em Ciências”.

Os debates tiveram a participação das professoras Nara Alinne Nobre da Silva, do IF Goiano; Nília Oliveira Santos Lacerda, da Universidade Estadual de Goiás; Nyuara Araújo da Silva Mesquita, da Universidade Federal de Goiás; e Hellen da Silva Cintra de Paula, do Instituto Federal de Goiás.

 

“DIÁLOGOS INTERNACIONAIS: conexões para além do Atlântico”

A atividade reuniu, de forma presencial e online, pesquisadores de diversos países.

 

O diálogo foi mediado pela Coordenadora da Assessoria de Relações Internacionais do IF Goiano, Lídia Maria dos Santos Morais, e pelo Gerente de Relações Internacionais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, Gabriel de Paula.

 

Workshop Ciência na Prática 

O workshop reuniu trabalhos de professores e estudantes do IF Goiano, IFG e de escolas da rede estadual e municipal de Pirenópolis. No espaço, estudantes da Educação Básica tiveram a oportunidade de ver de perto projetos que envolvem pesquisadores de várias áreas.

Estiveram em exposição jogos educativos, experimentos e materiais didáticos, dentre eles, "Detetives das Aves: desvendando a ornitologia" que apresenta um jogo didático sobre variedades de aves; "NEPeTI: uma década de incentivo à computação no Vale de São Patrício-GO, com diferentes demonstrações tecnológicas; o LabMaker de Iporá e Rio Verde com protótipos e impressora 3D; "Frutos do cerrado" que consistiu na apresentação do projeto frutos do cerrado com experimento de extração de DNA, receitas de geleia de pequi, cajuzinho do cerrado. Também foram apresentados materiais didáticos do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Universidade Estadual de Goiás.

A mostra teve demonstração de movimento orbital de um satélite e apresentação de uma maquete representado o globo terrestre e um satélite de observação, demonstrando como é realizado o processo de aquisição de imagens da superfície da Terra por este satélite.

O Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (CEAGRE) levou para a exposição a "Estação Ciência". Um dos destaques foi a Estação Óculos 3D, que consiste em experiências com óculos de realidade virtual.

A estação oferece uma abordagem inovadora, permitindo que os usuários visualizem ambientes agrícolas, processos biológicos e práticas de cultivo em três dimensões. Uma experiência imersiva que supera as limitações dos materiais tradicionais, proporcionando uma visão mais detalhada.

O Laboratório Maker Guará do IF Goiano - Campus Iporá atraiu os visitantes com demonstrações de prototipagem e robótica, com produção de objetos a partir de impressão 3D e de corte a laser, dentre outros. Foram apresentados produtos decorativos e personalizados, puzzles e jogos.

 

Baú da Ciência

O Baú da Ciência é um projeto do IF Goiano - Campus Ceres que transporta ciência e tecnologia a várias localidades. É um laboratório móvel que tem o objetivo de popularizar a ciência e estimular a formação de professores.

Conta com ambientes interativos relacionados à Química, Física, Biologia e Informática/Robótica. Presente no evento, o Baú da Ciência, atraiu visitantes de todas as idades.

 

Oficinas

As oficinas tiveram abordagens diversas. Foram 10 ao todo, dentre elas: 

“A handful of gravel”, com professora Denise Balmer, do Colégio Universitário de Londres.

 

“A magia das vídeoaulas: dicas práticas para professores criativos”, com professor Rogério Justino, do IF Goiano. 

 

“When the Aids are not at Hands”, com os professores Dana Mandíkova e Zdeněk Drozd, da Charles University, da da República Tcheca.

 

Apresentação de trabalhos e rodas de conversas 

Foram submetidos 210 trabalhos de pesquisadores de diversas áreas, que foram apreciados pelos visitantes e avaliados pela Comissão Científica do evento.

 

Lançamento de livros

Foram lançados os seguintes títulos:

Ensinar e aprender ciências em um presente e futuro de incertezas, de Sabrina do Couto de Miranda.

PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: notas sobre os fundamentos filosóficos, pedagógicos e psicológicos, de Leonardo Carlos de Andrade.

CERRADO: a floresta invertida, de Andreia Aparecida de Carvalho Lima e Solange Xavier dos Santos

DUDA: uma história de mixos, fama e fogo, de Solange Xavier dos Santos

VIDAS E CASOS DE ENSINO: narrativas da práxis pedagógica, de Rosenilde Nogueira Paniago

INSERÇÃO À DOCÊNCIA NO RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO IFGOIANO: narrativas pedagógicas no contexto da Pandemia da Covid-19, de Rosenilde Nogueira Paniago

Educação Matemática Inventiva, de Marcos Roberto da Silva

A produção artesanal do papel de fibra de bananeira em um contexto educacional, de Nília Oliveira Santos Lacerda.

 

Sinergia Criativa para o Bioma Cerrado

O projeto “Sinergia Criativa para o Bioma Cerrado: interface entre arte, inclusão, ciência e tecnologia para inovação” foi lançado oficialmente na HSCI 2024. O projeto está alinhado com a missão da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que é de promover a percepção do papel da ciência na sociedade, incentivar ações criativas e valorizar a experimentação, a inovação, trabalhos colaborativos interdisciplinares, transdisciplinares e atividades de iniciação científica na Educação Básica para "Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais".

A iniciativa é do IF Goiano capitaneada pelo Campus Rio Verde e desenvolvida em parceria com pesquisadores de diversas instituições goianas. Professor Fabiano Guimarães, diretor-geral do Campus Rio Verde do IF Goiano, e coordenador geral do projeto, falou sobre sua relevância para a comunidade acadêmica, que, segundo ele, destaca-se por ser viabilizar espaços de inclusão, socialização, acessibilidade, mobilidade, criatividade e lazer associado ao conhecimento.

 

Manifestações culturais abrilhantaram os dias do evento

Os participantes da HSCI 2024 apreciaram manifestações culturais típicas do município de Pirenópolis. Grupos de artistas, em sua maioria, formados de estudantes das escolas públicas.

 

Maracatu Baque do Bonfim - manifestação cultural por meio de música, dança e outros elementos trazidos por escravizados do continente africano. Os instrumentos de percussão são alfaias, agbês, gonguê, timbal e caixa.

 

Contradança ou Pau de Fitas - uma manifestação cultural que ocorre na Festa do Divino Espírito Santo. No Domingo de Pentecostes pela manhã, casais de crianças vestidas de branco, com fitas vermelhas na cintura e chapéu de palha, dançam no Largo da Matriz.

 

Pequi Sonoro - grupo formado por crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos, que tocam diversos ritmos como: samba reggae, maracatu, samba, ciranda e baião cururu.

 

Banda do Colégio Militar de Pirenópolis

 

Banda de Música Phoenix do Mestre Propício -  conjunto musical histórico de Pirenópolis. Suas atividades começaram em 23 de julho de 1893. Preserva, em conjunto com o Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário, o mais importante e antigo arquivo musical de Goiás, que contém obras que vão do século XIX até a atualidade. Acervo que evidencia, por meio dos diversos gêneros musicais, os gostos populares de cada período e enaltece a importância e harmonia da preservação do passado no presente.

 

Concurso de Fotografia 

"A Luz e a relação com a cidade que sedia o evento" foi o tema do Concurso Informal de Fotografia. Participaram inscritos no evento que produziram as fotos entre os dia 23 e 26 de setembro. A avaliação compreendeu critérios estéticos da imagem e narrativas que representam o tema proposto. Os autores das 3 melhores fotografias foram premiados: 1º colocado (200 reais); 2º colocado (150 reais); 3º colocado (100 reais).

1º lugar

 Fotografia de Thiago Hilário: "Pôr do sol em Piri"

 

 2º lugar

Fotografia de Mariana Gonçalves - "O sol abraça Pirenópolis em um último brilho de ouro"

 

3º lugar

Foto de Pablo Abreu Alves - "Uma luz acima das almas"

 

Colaboradores

Colaboraram com recursos para realização do evento, a Hands-on Science Network (HSCI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Fundação de Amparo a Pesquisa de Goiás (Fapeg), o Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre) e a Fundação de Apoio à Pesquisa (FUNAPE - UFG). O evento foi organizado por servidores e estudantes de várias unidades do IF Goiano, IFG, IFB, UFG, UEG, UFJ. A coordenação geral ficou por conta dos professores Salmon Landi, Patrícia Gouveia e Rosenilde Paniago, do Instituto Federal Goiano.

 

Seção de Comunicação Social e Eventos